Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2024
A empresa aérea Alaska Airlines, dos Estados Unidos, afirmou que vai voltar a usar seus aviões do modelo Boeing 737 MAX 9, que haviam sido suspensos após um incidente em um de seus aviões em 5 de janeiro. Naquele dia, uma porta cega da fuselagem de um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines que ia de Portland, no estado do Oregon, para Ontário, na Califórnia, se desprendeu em pleno voo.
Desde então, a reguladora Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) ordenou que 171 dos 218 aparelhos em circulação do Max 9 permanecessem em terra até concluir sua inspeção nesses aparelhos.
Em uma mensagem publicada em seu site, a companhia indicou que com o voo 1146, entre Seatle e San Diego, iniciaria na tarde dessa sexta-feira, o retorno gradual ao serviço de sua frota de 65 aviões 737 MAX 9. A normalização das operações da frota ocorrerá no início de fevereiro.
Paralisação do 737 Max 9
A paralisação do 737 Max 9, após incidente ocorrido em 5 de janeiro com a abertura de um buraco na lateral de um avião da Alaska Airlines, custará à companhia aérea cerca de US$ 150 milhões (R$ 736,95 milhões), anunciou a Alaska.
O prejuízo é significativo para uma companhia aérea do porte da Alaska, que divulgou na quinta-feira um lucro ajustado de US$ 38 milhões (R$ 186,69 milhões) nos últimos três meses do ano e US$ 583 milhões no ano inteiro. O lucro do quarto trimestre foi melhor do que o previsto para a Alaska.
Em inícios de janeiro, o plugue da porta explodiu em um voo da Alaska Airlines , deixando um buraco aberto na lateral do avião. Embora nenhum passageiro tenha falecido, o incidente levou a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, em inglês) a ordenar a paralisação de todos os jatos 737 Max 9.
Com 65 desses aviões, a Alaska tem o segundo maior número de jatos 737 Max 9 em sua frota, atrás apenas da United, que também avisou que espera um prejuízo no primeiro trimestre, pelo menos em parte devido ao custo da paralisação.
Nessa semana, a FAA definiu os procedimentos de inspeção para os aviões voltarem a voar. “Esperamos que as inspeções em todos os nossos 737-9 Max sejam concluídas na próxima semana”, disse a empresa.
O custo para a Alaska Air é principalmente decorrente da perda de receita, já que o custo para compensar os clientes pelos hotéis quando seus voos são cancelados e as horas extras para a equipe serão equilibrados pela economia de combustível obtida com a redução de 3.000 voos.
A companhia aérea disse que, mesmo que os aviões retornem ao serviço conforme planejado, ela terá que cancelar cerca de 3.000 voos este mês devido à paralisação, reduzindo sua capacidade geral em cerca de 7% para o trimestre na totalidade.
A Alaska poderia, em última instância, repassar o custo para a Boeing, já que o diretor financeiro Shane Tackett disse aos investidores na quinta-feira que “esperamos ser totalmente compensados pelo impacto nos lucros da paralisação”. Mas ele disse não haver detalhes sobre essa remuneração até o momento.
A companhia aérea também espera que a maioria dos passageiros esteja disposto a voltar a usar o 737 Max 9. “Acho que, no início, as pessoas terão algumas dúvidas, alguma ansiedade, assim como tiveram há dois anos”, disse o CEO da Alaska, Ben Minicucci, referindo-se ao momento em que todos os modelos do Max foram aprovados para voltar a voar após 20 meses de paralisação, precipitada por dois acidentes fatais.
“Mas acredito que, com o tempo, a confiança voltará a esse avião”, adicionou.