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Economia Companhias aéreas não querem a exigência de visto para entrada no Brasil de norte-americanos, canadenses, australianos e japoneses

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Residentes de Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália deverão pedir autorização para ingressar no País. (Foto: Shutterstock)

A retomada da exigência de visto para entrada no Brasil de turistas vindos dos Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália provocou reação imediata das empresas do setor aéreo, que temem o impacto negativo no turismo quando o setor ainda se reergue do baque da pandemia. Assinado por cinco associações da aviação civil, um ofício foi encaminhado para a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, pedindo a intervenção dela para impedir a medida, prevista para 1º de outubro.

O Itamaraty informou as embaixadas dos quatro países que vai retomar o princípio de reciprocidade diplomática, o que significa que, assim como é exigido na entrada dos brasileiros nesses países, seus cidadãos terão que apresentar visto quando desembarcarem no Brasil.

As entidades consideram a volta da exigência de vistos dessas origens prematura e baseada em dados inconsistentes. Sustentam também que a medida pode colocar mais um obstáculo na recuperação do turismo, setor que, em certas regiões do País, representa a principal atividade econômica.

Num texto de cinco páginas, é demonstrado que os governos têm facilitado vistos para estimular a demanda turística, sendo que em uma década a porcentagem de viajantes que necessitam dessa autorização caiu de 77% para 53%, sendo o Sudeste Asiático, a Oceania e a África Oriental os destinos mais abertos.

Como exemplo de resultados negativos em países que se moveram na direção contrária, é apontada a queda expressiva das viagens de brasileiros ao México depois que o país voltou a exigir vistos.

Além da Abear, que representa as companhias aéreas, assinam o ofício a Aeroportos do Brasil (ABR), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) e a Iata, a associação internacional do transporte aéreo, bem como a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (Jurcaib).

Cópias do texto foram enviadas também para os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Marcio França (Portos e Aeroportos), assim como para os presidentes da Embratur, Marcelo Freixo, e da Apex, Jorge Viana.

Opiniões

Vice-presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Marina Figueiredo, definiu a nova regra como “um grande retrocesso”. Ela entende que turismo nacional já sofre por problemas, como a segurança pública, que tornam o Brasil um destino menos atraente para os estrangeiros.

Wilson Luis Pinto, presidente Executivo da Confederação Nacional do Turismo (Cntur), também afirma que a entidade “não viu com bons olhos” a medida, e reconhece que o turismo vai sentir os impactos da mudança. Porém, ele pondera e acredita que o Brasil não deixará de ser uma opção para os viajantes de fora. “Quem decidiu que quer vir para cá, vai vir”, afirmou.

E acrescentou ainda que é importante considerar também o princípio de reciprocidade. “Eu, como brasileiro, não acho justo passar meses na fila, pagar uma taxa para ter um visto, e o americano poder comprar uma passagem e vir para o Brasil”.

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