Segunda-feira, 21 de julho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Conheça a cidade turca onde navios vítimas da pandemia viram sucata

Compartilhe esta notícia:

Sovereign, conhecido no Brasil como Soberano, da Pullmantur, é um dos cinco que estão sendo desmontados. (Foto: Divulgação/Pullmantur)

Com capacidade para 2.733 passageiros, o navio de cruzeiros Sovereign, da Pullmantur, era um velho conhecido dos brasileiros. Entre as temporadas de 2008/2009 e a de 2019/2020, ele não faltou a um só verão na costa brasileira, onde era conhecido pelo nome de Soberano.

A embarcação, que por tantos anos navegou pelo litoral do país, neste momento está sendo desmontada num porto da  Turquia, ao lado de outros navios que não resistiram à crise provocada pelo novo coronavírus.

Banhada pelo Mar Egeu, um dos cantos do Mar Mediterrâneo, Aliaga fica a 45 quilômetros de Izmir, cidade histórica que, ao lado dos portos de Bodrum, Kusadasi e Istambul, costumava ser uma das paradas mais populares de navios de cruzeiros no país mezzo europeu, mezzo asiático. Com o naufrágio da indústria de turismo marítimo provocado pela pandemia, os transatlânticos desapareceram da costa turca. Os únicos que foram para lá acabaram nos estaleiros especializados em reciclagem naval de Aliaga.

No momento, são cinco navios de cruzeiros aposentados sendo lentamente desmanchados. E há mais três para se juntarem a eles. Segundo Kamil Onal, presidente de uma das associações de reciclagem naval da cidade, o movimento desse setor nunca foi tão bom.

À agência de notícia Reuters, ele contou que, antes da crise do coronavírus, as cerca de 2.500 pessoas que trabalham no estaleiro se dedicavam a desmontar navios de carga e contêineres. “Mas depois da pandemia, os navios de cruzeiro mudaram o curso em direção a Aliaga de uma forma muito significativa. Houve um crescimento do setor por conta da crise. Quando os navios não encontraram trabalho, passaram a desmontar” disse, lembrando que os navios chegam de países como Itália, Reino Unido e Estados Unidos.

Segundo ele, o desmantelamento de um navio de passageiros completo, do porte dos transatlânticos, pode levar cerca de seis meses. O estaleiro, que gerou um volume de 700 mil toneladas de aço desmontado em janeiro de 2020, pretende aumentar para 1,1 milhão de toneladas por mês até o final do ano. Mesmo os acessórios não metálicos dos navios são reaproveitados, já que muitos hoteleiros vão ao estaleiro para comprar materiais úteis.

Navios viram sucatas

As imagens registradas pela agência de notícias Reuters na última semana impressionam. Numa época do ano em que ainda deveríamos ver muitos navios de cruzeiros circulando entre os concorridos portos europeus, pelo menos cinco deles podiam ser vistos sendo desmontados num estaleiro de Aliaga. Dois da Pullmantur e três da Carnival Cruises.

Os da Pullmantur são o Sovereign e o Monarch, dois navios clássicos e que fizeram parte da frota da Royal Caribbean (onde eram conhecidos com Sovereign of the Seas e Monarch of the Seas, uma marca registrada da companhia). Inaugurado em 1988, o Sovereign é considerado o primeiro dos “meganavios”, um ancestral comum dos gigantes dos mares como conhecemos hoje. Com 12 deques, foi o maior navio do mundo em sua época, e estabeleceu padrões de grandeza, design e áreas de lazer a bordo seguidos pelas décadas posteriores. Passou para a Pullmantur em 2008, o primeiro ano em que veio ao Brasil.

O Monarch, seu “irmão gêmeo”, inaugurado em 1991, tem também um papel de destaque na história dos cruzeiros marítimos. Ele foi o primeiro grande navio de passageiros a ser comandado por uma mulher, a sueca Karin Stahre-Janson, em 2007. Ele integrava a  frota da Pullmantur desde 2013, quando passou a ser utilizado principalmente em roteiros pelo Caribe Sul.

A companhia, aliás, uma joint venture entre a Cruises Investment Holding e o Grupo Royal Caribbean, entrou com pedido de recuperação judicial junto às autoridades da Espanha, onde está baseada. Com essa decisão, a empresa se desfez dos três navios de sua frota. Além dos que estão sendo desmontados na Turquia, há o Horizon (originalmente lançado pela Celebrity Cruises), que está atracado na Grécia, à espera de um destino.

Já os três da Carnival são os navios Fantasy, Imagination e Inspiration, todos da classe Fantasy, e lançados em 1990, 1995 e 1996, respectivamente. Com capacidade para cerca de 2.600 passageiros cada, os navios estão entre os 13 que a Carnival Corporation (que é dona também das companhias Costa Cruzeiros AIDA, entre outras) anunciou que seriam aposentados ainda este ano, por conta da crise do novo coronavírus. Um quarto navio da classe Fantasy, o Fascination, também foi vendido, mas para outro comprador.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Bilionários do mundo ficam ainda mais ricos e ultrapassam a marca dos 10 trilhões de dólares
A polêmica estratégia do Japão de conviver com o coronavírus
https://www.osul.com.br/conheca-a-cidade-turca-onde-navios-vitimas-da-pandemia-viram-sucata/ Conheça a cidade turca onde navios vítimas da pandemia viram sucata 2020-10-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar