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Política Coordenação de ataques a comandantes que resistiram à tentativa de golpe causou clima de perplexidade entre generais

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Entre os alvos do grupo estão generais quatro estrelas como general Tomás Paiva.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Entre os alvos do grupo estão generais quatro estrelas como general Tomás Paiva. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Generais do Exército, após a divulgação do relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, demonstraram perplexidade diante da coordenação dos ataques a integrantes do alto comando da corporação que resistiram às pressões do grupo golpista.

Entre as ações coordenadas, e que constam na investigação da PF, estão a “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”, documento de teor golpista que buscava incitar a alta cúpula militar a intervir no processo democrático, além de ataques em redes sociais.

Segundo esses generais ouvidos pelo jornalista Gerson Camarotti, do portal G1, ficou claro que as ações tinham o mesmo modus operandi, contavam com a participação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e tinham sinal verde do Palácio do Planalto.

Entre os alvos do grupo estão generais quatro estrelas como general Richard Nunes, o então comandante militar do Nordeste e hoje comandante do Estado-Maior do Exército; o general Tomás Paiva, que era comandante militar do Sudeste e hoje é comandante do Exército; e o general Valério Stumpf, que era o comandante do Estado-Maior do Exército.

Esses generais quatro estrelas – que deram respaldo para o então comandante do Exército Freire Gomes manter a linha legalista – eram chamados em ataques nas redes sociais de “melancias”, uma referência ao verde da farda, que seria a parte externa da melancia, e ao vermelho da parte interna da fruta, que remeteria a cor do comunismo.

Outro trecho do relatório da PF mostra que o próprio Braga Netto orientou Ailton Barros – um ex-capitão do Exército que, segundo a PF, incitava militares – a incentivar pressões e ataques contra os comandantes do Exército e da Aeronáutica.

Em trocas de mensagens com Ailton Barros no dia 14 de dezembro de 2022, Braga Netto chamou Freire Gomes de “cagão” e declarou que a cabeça do então comandante do Exército deveria ser oferecida aos leões.

Em resposta, Ailton Barros sugere continuar com a pressão sobre Freire Gomes, caso este insistisse em não aderir ao golpe de Estado.

“Vamos oferecer a cabeça dele aos leões. Braga Netto concorda e dá a ordem: ‘Oferece a cabeça dele. Cagão'”, afirma outra parte do relatório.

Segundo a PF, Braga Netto também orientou Ailton Barros a disseminar ataques contra o comandante da Aeronáutica Baptista Júnior, a quem chamou de “traidor da pátria”.

No dia 15 de dezembro de 2022, segundo a PF, Braga Netto enviou mensagem a Ailton Barros, mandando “sentar o pau no Baptista Junior” e também dizendo para “infernizar a vida dele e da família”. (AG)

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