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Mundo Coreia do Norte procura analistas ligados ao Partido Republicano para tentar entender as atitudes do presidente dos EUA, Donald Trump

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A tensão entre os dois países vem aumentando. (Foto: Reprodução)

Funcionários do governo da Coreia do Norte vêm tentando discretamente organizar reuniões com analistas ligados ao Partido Republicano em aparente tentativa de entender o presidente dos EUA, Donald Trump, e suas mensagens ao regime de Kim Jong-un.

O esforço começou antes da erupção de ameaças entre os dois líderes e deve ganhar urgência agora que Trump e Kim trocam ofensas com potencial de causarem erros de interpretação catastróficos. “A preocupação maior para eles é Trump”, disse uma pessoa que teve contato com os norte-coreanos.

Não há sinal de que os norte-coreanos estejam interessados em negociações nucleares. O que eles parecem querer, a julgar por reuniões multilaterais na Suíça neste mês, é um fórum que os reconheça como potência atômica.

Na ausência de diálogos diplomáticos oficiais e a fim de entender as intenções dos EUA sob Trump, porém, a missão norte-coreana na ONU convidou Bruce Klingner, ex-analista da CIA e hoje principal especialista em Coreia do Norte da Heritage Foundation, para visitar Pyongyang e conversar.

A Heritage influenciou Trump em temas que vão da restrição à entrada de estrangeiros a gastos com defesa. “Os norte-coreanos estão envolvidos em um grande esforço para contatar estudiosos e ex-funcionários do governo dos EUA”, afirmou Klingner, que recusou o convite. “Embora reuniões sejam úteis, se o regime quer enviar um recado, deveria buscar contato com o governo.”

Intermediários dos norte-coreanos também procuraram Douglas Paal – especialista em Ásia no Conselho de Segurança Nacional nas gestões Ronald Reagan (1981-89) e George Bush (1989-93) e hoje vice-presidente no Carnegie Endowment for International Peace – para coordenar reuniões com especialistas americanos ligados aos republicanos em um local neutro como a Suíça. Paal recusou.

Estratégia

A Coreia do Norte, no momento, tem sete convites como esse em aberto, envolvendo organizações que sediaram diálogos anteriores. Desde 2015, Pyongyang tem enviado funcionários do Ministério do Interior a reuniões com americanos em lugares como Genebra e Cingapura. São conversas oficiais do lado norte-coreano, mas extraoficiais do americano.

Após a eleição de Trump, porém, os norte-coreanos se mostram interessados em descobrir a estratégia do heterodoxo presidente, segundo quase uma dúzia de pessoas envolvidas nas conversas e que pediram para não terem os nomes divulgados.

No começo do mandato de Trump, eles faziam perguntas genéricas: Trump falava sério na campanha sobre fechar as bases militares dos EUA na Coreia do Sul e no Japão? Ele de fato reposicionaria armas nucleares americanas no sul da península coreana? Depois se tornaram específicos: por que os secretários da Defesa, James Mattis, e de Estado, Rex Tillerson, contradizem diretamente o presidente com tanta frequência?

“Os norte-coreanos estão buscando contato por vários canais”, diz Evans Revere, ex-funcionário do Departamento de Estado na área do relacionamento com a Coreia do Norte e participante frequente desse tipo de conversa. Em um fórum internacional neste ano, a delegação norte-coreana exibiu conhecimento “enciclopédico” dos tuítes de Trump, a ponto de citá-los, e deslumbrou os participantes com sua análise intelectual e inglês perfeito.

“Meu palpite é que eles estão intrigados com a direção que os EUA tomarão, e por isso tentam sentir o clima em Washington”, disse Revere. “Eles nunca viram os EUA agirem assim antes”, completou.

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