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Saúde Depilação íntima cresce nos Estados Unidos. Principais motivos são higiene, estética, sexo e visita ao médico

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Prática requer atenção: salões de depilação com cera têm de usar instrumentos descartáveis. (Crédito: Reprodução)

A moda-exportação brasileira de depilação íntima, conhecida lá fora como “Brazilian wax”, está oficialmente encravada na cultura americana, aponta um estudo. E não se trata de um estudo qualquer: publicado na revista científica Jama Dermatology, da Associação Médica Americana, é o retrato mais completo já feito sobre depilação das partes baixas.

A pesquisa aponta que as mulheres estão se importando bastante com o que os outros vão pensar de suas partes íntimas. “Tenho percebido, ao longo dos anos, que as mulheres estão muito preocupadas com a aparência de suas genitálias. É comum elas pedirem desculpas por não estarem depiladas e perguntarem se parecem ‘normais’”, afirmou Tami Rowen, ginecologista e obstetra da Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA) e autora principal do estudo.

“Também vejo muitas meninas que ainda não são sexualmente ativas removendo todos seus pelos e outras mulheres com complicações por causa dessa prática. Quis entender os motivos e saber quantas pessoas estão adotando o hábito”, revelou. E, segundo os números da pesquisa, é muita gente. Das mais de 3,3 mil mulheres entrevistadas, em uma amostra representativa do país, 2.778 (84%) já apararam os pelos na vida. Destas, 1.710 (62%) já aderiram à depilação total.

A prática, porém, é mais comum entre mulheres mais jovens, brancas e com mais anos de escolaridade. Conforme os autores da pesquisa, trata-se de uma tendência cultural bastante motivada pela representação do sexo na mídia. A moda, dizem eles, começou mesmo no Brasil, mas o número crescente de vídeos pornográficos, revistas e programas de TV que mostram os genitais pelados também ajuda a impulsionar a prática.

“É uma via de mão dupla. Essa tendência que começou por aqui, com os biquínis cada vez menores, influenciou os filmes, que depois divulgaram a tendência. A imagem que acaba ficando é: quer fazer sexo, quer ser bem-sucedida na cama? Então depile-se”, avalia Carmita Abdo, coordenadora de um programa de sexualidade.

A preocupação com a aparência da vagina fica clara quando qualquer exposição parece ser motivo para se depilar, incluindo visitas a um profissional de saúde, de acordo com o estudo. Muitas também se depilam porque os parceiros assim preferem. “A mulher está preocupada com o que o outro vai pensar, até mesmo o médico”, afirma César Fernandes, presidente da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). “Mas quando a preocupação com o que o outro vai achar é grande demais, é preciso trazer à tona a percepção que ela tem dela mesma. Não pode deixar de namorar por pensar que não se cuidou. Esse é um bom limite.”

No Brasil, não há nenhum estudo dessa proporção sobre o assunto. Uma pesquisa feita por uma universidade brasileira, com 364 alunas, mostrou que 93% se depilam e 61,8% acham que esse é um hábito necessário. No entanto, 80,1% acham que a depilação pode ser prejudicial à saúde genital dependendo da maneira como é feita. Os resultados foram publicados em 2013 na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.

O principal motivo citado pelas mulheres, porém, é a higiene. Beleza e querer agradar o parceiro vêm depois. O resultado chamou a atenção da autora do estudo.

“Imaginava que as mulheres se depilavam para tipos específicos de atividade sexual. Fiquei surpresa quando elas citaram higiene, quando não há base real para isso”, apontou Tami. É preciso, porém, ter cuidado com os métodos. Fernandes diz que a raspagem com lâmina é a mais problemática por causar foliculite (infecção dos folículos pilosos).

Já Leandra Metsavaht, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que salões de depilação com cera têm de usar instrumentos descartáveis. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/depilacao-intima-cresce-nos-estados-unidos-principais-motivos-sao-higiene-estetica-sexo-e-visita-ao-medico/ Depilação íntima cresce nos Estados Unidos. Principais motivos são higiene, estética, sexo e visita ao médico 2016-07-16
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