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Armando Burd Diante do primeiro desafio do século

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George Marshall concebeu um Plano, no final da Segunda Guerra Mundial, que precisa ser reeditado agora. (Foto: Dutch National Archives)

A pergunta mais frequente nas últimas semanas: é possível combater a pandemia do coronavírus e, ao mesmo tempo, manter a Economia em funcionamento, preservando empregos e renda?

O cenário de hoje, em todo o mundo, lembra a gripe espanhola de 1918 e a Grande Depressão econômica de 1929, ocorrendo de modo simultâneo.

Medida de socorro

Outra circunstância devastadora: a do final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando a Europa estava completamente arrasada. Os governos nem sabiam como agir. Foi quando o governo dos Estados Unidos lançou o Plano Marshall, também conhecido como Plano de Recuperação Europeia. O objetivo era fortalecer economicamente os países quebrados.

Impulsionou

Recebeu esse nome em homenagem ao idealizador, George Marshall, general do exército norte-americano e secretário de Estado. Totalizou aporte de 18 bilhões de dólares, equivalentes hoje a 100 bilhões. Foram utilizados em 15 países para a reconstrução de edificações e indústrias, importação de alimentos, além do financiamento à agricultura. Vigorou até 1951, tornando-se responsável pelo rápido arranque econômico da Europa.

Conta tem endereço

Não há quem discorde atualmente: para recomeçar, só com a injeção de muito dinheiro na Economia. Que surja o Plano China, a exemplo do Marshall. O país escondeu o problema por muito tempo, permitindo a propagação do vírus. É quem deve receber a conta dos prejuízos.

Condutor da negociação

Cabe à Organização das Nações Unidas sentar-se à mesa com o comando chinês para negociar. Não fará isso porque se tornou um órgão sectário, dominado por países de esquerda.

Resta às nações democráticas tomar coragem e cobrar de quem provocou a tragédia e tem muito dinheiro entesourado, a partir de seu estranho projeto que mistura comunismo e capitalismo.

Diferencia-se

Na entrevista coletiva dos ministros, ontem à tarde, Paulo Guedes, da Economia, deu uma aula de tranquilidade, entendimento e união para suplantar a crise. Como dizia o poeta Fernando Pessoa, “forma é fundo aparecendo”.

Mistura inconveniente

A estratégia de comunicação do presidente Jair Bolsonaro é se antecipar. A conversa com apoiadores, quase todos os dias pela manhã, na saída do Palácio da Alvorada, pauta os veículos. Repórteres aproveitam a oportunidade para entrevistá-lo. Porém, a proximidade entre admiradores e profissionais sempre envolve riscos. O atrito ocorrido ontem, com a saída espontânea dos jornalistas, era previsível.

Deu no site

Bolsonaro diz que o preço dos remédios não subirá; indústria afirma que não foi ouvida.”

Sabe-se que a resposta seria “não dá.”

Esquema preventivo

O combate ao coronavírus está à frente de tudo. Porém, pequeno grupo de senadores e deputados federais deveria se dedicar ao esquema alternativo das eleições de outubro, envolvendo a hipótese de adiamento. Nesta sexta-feira, fecha-se a janela para troca de partido, mas prosseguirá o calendário previamente definido. Essa data marca também o fim do prazo de detentores de cargos públicos para que se afastem e possam concorrer às câmaras municipais.

Como todos os procedimentos estão fixados em lei, é conveniente ter um esquema para que, adiante, não surja a tradicional frase: “Ah, deveríamos ter pensado nisso antes.”

Não existe espaço vazio

Caso o Legislativo não dê atenção às alternativas sobre a próxima ida às urnas, vai se repetir o que já ocorreu: o Tribunal Superior Eleitoral tomará decisões, provocando reclamações de que o Judiciário legisla. Faz isso obrigado, quando há omissões do Parlamento.

Persiste a dúvida

O articulista Fernando Pereira, em 1984, perguntava: “Terá a política alguma coisa que ver com o cérebro das pessoas? É de crer que sim, mas que parte do cérebro será a que mexe com a política?

O que se lamenta

A vida pública é incorrigível: nem a pandemia diminui a destilaria dos pequenos ódios cotidianos.

 

 

 

 

 

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