Segunda-feira, 14 de julho de 2025

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Geral O Reino Unido testa anti-inflamatórios e remédios de câncer como possíveis terapias para pacientes com coronavírus

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Pesquisa de drogas contra a doença se mostrou mais difícil do que a de vacina. (Foto: Reprodução)

Dois remédios, um anti-inflamatório e outro contra o câncer, estão sendo testados como possíveis terapias para pacientes com Covid-19, anunciaram as universidades britânicas de Birmingham e Oxford nesta semana.

Acredita-se que casos graves de Covid-19 são desencadeados por uma hiper reação do sistema imunológico, conhecida como tempestade de citocina, e pesquisadores estão investigando se remédios que suprimem certos elementos do sistema imunológico podem desempenhar um papel na contenção de uma escalada rápida dos sintomas.

O primeiro dos quatro candidatos do teste chamado Catalyst é o Namilumab, do laboratório Izana Bioscience, usado nas fases finais de testes para tratamento de artrite reumatoide e uma doença inflamatória conhecida como espondilite anquilosante.

Ele visa a uma citocina chamada GM-CSF: acredita-se que em níveis descontrolados, esta citocina é um catalisador essencial da inflamação pulmonar excessiva e perigosa vista em pacientes com Covid-19. O remédio já está sendo testado como terapia para Covid-19 na Itália.

O segundo medicamento, Infliximab (CT-P13), desenvolvido pela Celltrion Healthcare UK, sediada na cidade inglesa de Slough, é usada para tratar oito doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a síndrome do intestino irritável.

“Indícios emergentes estão demonstrando um papel crítico de anti-inflamatórios na tempestade de citocina associada à infecção grave de Covid-19”, disse Ben Fisher, investigador de testes clínicos da Universidade de Birmingham.

“No estudo Catalyst, esperamos mostrar, com uma única dose destes tipos de remédios em pacientes hospitalizados, que conseguimos adiar ou evitar a deterioração rápida para o tratamento intensivo e a exigência de ventilação invasiva neste grupo crítico de pacientes.”

Entre os outros remédios para doenças autoimunes que estão sendo estudados devido à sua capacidade de conter a tempestade de citocina em testes estão o Regeneron, o Kevzara da Sanofi, o Actemra da Roche e o otilimab da Morphosys e da GlaxoSmithKline.

Testes de vacinas

O governo dos Estados Unidos planeja financiar e conduzir estudos decisivos (de fase 3) de três vacinas experimentais contra o coronavírus. Os testes finais serão feitos em cerca de 30 mil pessoas de diversos locais do país.

Segundo relata o The Wall Street Journal, metade dos voluntários receberá uma injeção de vacina e a outra metade um placebo inerte (sem princípios ativos).

Em julho, começarão os testes de fase 3 com a vacina desenvolvida pela Moderna, empresa de biotecnologia norte-americana. Logo depois, serão testadas as soluções criadas pela AstraZeneca e Johnson & Johnson.

“Há muito otimismo em nossa comunidade de que uma vacina deve ser possível, mas estamos muito focados no fato de que isso deve ser comprovado em ensaios clínicos”, afirmou John Mascola, diretor de pesquisa de vacinas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA.

Fases de pesquisa clínica

Existem algumas fases de pesquisa clínica necessárias antes que um medicamento ou vacina receba aprovação regulatória. A fase zero estuda como o corpo humano processa uma droga. Já a fase 1 identifica efeitos colaterais perigosos e outras preocupações com a segurança, enquanto os ensaios da fase 2 avaliam se o medicamento realmente trata a doença que deveria.

Finalmente, há a fase 3, que compreende testes em larga escala que comparam uma droga ou vacina em com um placebo. Vale destacar que muitos medicamentos nunca chegam a esse estágio final do processo. Portanto, o fato de três vacinas contra a Covid-19 já estarem nessa fase é um sinal promissor no combate à pandemia do novo coronavírus.

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