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Geral Mesmo com a ação do Exército, os alertas de desmatamento da Amazônia em maio dobraram em relação a abril

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Área desmatada em São Félix do Xingu, no Pará. (Foto: Reprodução)

Mesmo com uma operação do Exército em vigor na Amazônia desde o início de maio e com uma decisão da Justiça para que os órgãos ambientais combatam o desmatamento, os crimes ambientais continuam em disparada na região.

Os alertas feitos pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam a perda de 828,97 km² no mês de maio, alta de 12,24% em relação a maio do ano passado, quando os alertas apontaram desmate de 738,56 km². Isso significa que, em apenas um mês, foram derrubados na Amazônia o equivalente à metade da área da cidade de São Paulo.

É o mês de maio com maior devastação desde 2015. Quando comparada com abril deste ano – que registrou 407,04 km² de desmatamento –, a alta é ainda mais expressiva: 103%.

São 13 meses consecutivos de alta no corte da floresta em relação aos mesmos meses do ano anterior. No acumulado desde agosto (quando se inicia o calendário anual para fins de detecção do que ocorre na floresta), o Deter indica a devastação de 6.499 km², ante 3.653 km² no período de agosto de 2018 a maio de 2019. O aumento é de 78%.

Em maio se inicia a estação seca da Amazônia e é justamente quando o desmatamento se intensifica. No início do mês passado, o presidente Jair Bolsonaro decretou uma nova Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para atuar na região na chamada Operação Verde Brasil 2. Fiscais do Ibama foram subordinados aos militares na hora de decidir as ações. Foram investidos cerca de R$ 60 milhões.

No início desta semana, em uma coletiva no Pará, o vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho da Amazônia, chegou a afirmar que no mês de maio tinha ocorrido uma queda no desmatamento na região. “A queda foi quase total, nós chegamos a um número ínfimo de ilegalidade cometida”, disse Mourão.

No ano passado, foi a partir de maio que o desmatamento disparou. Foi quando os alertas do Deter começaram a ser destacados na imprensa estrangeira que o presidente Jair Bolsonaro começou a colocar em dúvida os dados do Inpe. Ele chegou a dizer que os números eram mentirosos e que o então diretor do instituto, Ricardo Galvão, estaria “a serviço de alguma ONG”. Ao Estadão, Galvão acusou Bolsonaro de ser “pusilânime e covarde” e acabou exonerado alguns dias depois.

O Inpe divulgou na terça-feira, 9, que o desmatamento consolidado entre agosto de 2018 e julho de 2019 foi o mais alto desde 2008 e superou pela primeira vez no período a faixa dos 10 mil km².

No período, a Amazônia perdeu 10.129 km², de acordo com a análise feita pelo sistema Prodes, que fornece a taxa oficial anual do desmatamento da Amazônia. O valor representa uma alta de 34,41% em relação aos 12 meses anteriores. Entre agosto de 2017 e julho de 2018, a perda havia sido de 7.536 km². As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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