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Economia Dólar abriu a semana com queda de 0,64% nesta segunda

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O dólar à vista encerrou o dia aos R$ 5,2998. (Foto: EBC)

O alívio se sobrepôs à cautela pré-feriado no mercado local de câmbio, que seguiu acompanhando no detalhe as negociações entre o governo eleito e o Congresso para ampliação de gastos em 2023. Relatos de uma proposta mais conservadora para a PEC da Transição fizeram com que o dólar terminasse o dia abaixo de R$ 5,30, menor marca de fechamento desde a quarta-feira passada (9).

O dólar à vista encerrou o dia aos R$ 5,2998, desvalorização de 0,64%. No segmento futuro, a moeda para dezembro recuou 0,25%, aos R$ 5,3595, com giro financeiro de quase US$ 12,5 bilhões.

Durante boa parte da sessão, o câmbio pareceu mais resistente do que a bolsa e, principalmente, os juros futuros à rodada de apetite ao risco local. Esses dois mercados receberam melhor os recados de líderes do Centrão de que o grupo político estaria disposto a votar com o governo eleito exceções ao teto de gastos, só que mais conservadoras do que as postas até aqui.

O gatilho foi a nota do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), de que o “correto e republicano” seja debater somente as exceções ao teto em 2023. “A questão de estender para quatro anos a atribuição do Congresso que termina não é só a usurpação de poder do Congresso que ainda nem começou. É a falta de critério democrático”, disse.

O câmbio ficou mais refratário a esses comentários justamente pela necessidade dos agentes em fazer hedge em algum mercado. Como há o feriado pela frente, e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em viagem externa para a Conferência do Clima da ONU (COP27), há sempre a dúvida de um ruído neste intervalo.

Mas a resistência do câmbio a movimentos mais ousados sobreviveu até por volta das 16h30. Depois de quase zerar a queda no segmento à vista, o dólar acelerou as perdas e chegou a ceder 1%. Segundo a Bloomberg, pessoas que participam das negociações disseram que a equipe de transição estuda uma alternativa mais conservadora, que seria de um waiver de apenas um ano (e não quatro, como estava em estudo) e uma exceção de gastos sociais de R$ 130 bilhões (e não R$ 175 bilhões), justamente na linha proposta por Ciro Nogueira.

Ibovespa

O Ibovespa conseguiu sustentar alta na segunda etapa do pregão desta véspera de feriado. Em dia de liquidez contida, o mercado acionário se guiou pela melhora de seus pares em Nova York em boa parte do dia, mas reagiu forte a ruídos durante a sessão marcada por compasso de espera sobre o teor da PEC da Transição, que deve ser anunciada nesta quarta-feira (16).

Informações de que a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, cogita uma saída menos pesada do teto para gastos sociais podem ter ajudado o Ibovespa a escalar aos 114 mil pontos uma hora e meia antes do fechamento. A expectativa, de acordo com a Bloomberg, é a de que o “waiver” seja próximo R$ 130 bilhões.

De fato, o indicador vinha defendendo a faixa dos 113 mil, mas foi bater máxima na marca dos 114.322,31 pontos por volta das 16h30. O principal índice da B3, terminou a sessão em alta de 0,81%, aos 113.161,28 pontos com giro de R$ 29,8 bilhões – um avanço forte em relação ao meio do dia, quando estava em torno de R$ 10 bilhões.

Também à tarde, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciou que o grupo de trabalho da Infraestrutura do novo governo contará com nomes como o do mestre em economia e ex-presidente do Banco Fator Gabriel Galípolo, da ex-ministra do Planejamento durante o governo Dilma Rousseff Miriam Belchior, e do ex-ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos do Brasil Maurício Muniz.

Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos, ressalta que o mercado está em um momento positivo com o Brasil já tendo feito o aperto monetário necessário para conter a inflação. No entanto, a questão fiscal para o próximo ano pesa e muito nesse cenário. “Uma hora o mercado cobra o preço da fatura sobre o fiscal, como vimos a semana passada”, disse.

Durante a tarde, as blue chips apoiaram a alta do Ibovespa. Os papéis ordinários e preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 2,77%% e 2,63%, respectivamente, no sentido oposto à forte queda dos contratos futuros de petróleo em dia no qual a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para baixo sua projeção de aumento na demanda global por petróleo em 2022, de 2,6 milhões de barris por dia (bpd) para 2,5 milhões de bpd. O petróleo WTI para dezembro fecha em baixa de 3,47% (US$ 3,09), a US$ 85,87 o barril. Já no setor financeiro, subiram Banco do Brasil ON (2,48%), Bradesco PN (0,07%), e as units do Santander (0,24%). Na contramão, Itaú Unibanco PN em queda de 0,30%.

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