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Economia Dólar segue alívio externo e fecha a semana abaixo de R$ 5

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O dólar à vista fechou a sexta-feira cotado a 4,9549 reais na venda, com baixa de 1,04% .(Foto: Divulgação)

O progresso em torno das negociações sobre o limite do endividamento dos Estados Unidos, com a indicação de que um acordo pode ser alcançado, deu alívio aos ativos de risco nos mercados globais e sustentou um movimento de apreciação do câmbio doméstico. Assim, embora tenha visitado novamente o nível psicológico de R$ 5 nesta semana, o dólar spot encerrou o pregão dessa sexta-feira (26) abaixo dessa marca, na medida em que a incerteza quanto aos rumos dos juros no Brasil e nos Estados Unidos ficou em segundo plano na avaliação dos agentes.

No fim dos negócios no mercado à vista, o dólar era cotado a R$ 4,9881, em queda de 0,94%. Na semana, a variação foi mínima e a moeda americana caiu 0,14%.

O câmbio doméstico exibiu um viés de apreciação desde os primeiros negócios do dia, na medida em que o movimento relevante de depreciação do real observado na sessão de ontem abriu espaço para uma correção. Dados da B3 mostram que, somente na sessão de quinta (25), os estrangeiros aumentaram posição comprada em dólar futuro, cupom cambial e dólar mini em US$ 2,132 bilhões, enquanto os fundos locais aumentaram posição vendida em US$ 38 milhões.

Diante das indicações de que democratas e republicanos devem chegar a um acordo para uma elevação no teto da dívida pública dos Estados Unidos por dois anos, o mercado voltou a embutir nos preços um cenário mais construtivo para ativos de risco, o que deu apoio a uma recuperação das moedas de mercados emergentes. O real, assim, surfou esse movimento, que ganhou ainda mais força durante a segunda etapa dos negócios. No fim da tarde, o dólar cedia 1,33% em relação ao peso mexicano; caía 0,56% ante o rand sul-africano; e perdia 0,94% contra o peso chileno.

Mesmo com o chacoalhão provocado pelo IPCA-15 de maio, o economista-chefe do Banco Fibra, Marco Maciel, observa que a volatilidade implícita do real de um mês e de três meses, medida que serve de termômetro do mercado sobre a variação projetada do câmbio à frente, permaneceu em um patamar bem comportado, em torno de 14%. “Níveis de volatilidade cambial altos estão associados a uma piora dos preços dos ativos. Quando eu olho para o real, a volatilidade das opções de um e de três meses caiu de 20% em fevereiro para 14% agora, ao mesmo tempo em que houve uma apreciação da moeda.”

De acordo com Maciel, mesmo com a alta expressiva do dólar observada ontem, a volatilidade esperada para o câmbio doméstico um mês à frente “não mudou absolutamente nada”. “A tendência da volatilidade do real é para baixo. Ela pode cair muito além dos atuais 14%? Não acredito tanto, já que em ocasiões anteriores, quando a volatilidade bateu apenas 10%, havia uma tranquilidade muito maior tanto no Brasil quanto no cenário externo”, diz Maciel.

O economista nota, porém, que a tendência de curto prazo para o câmbio tem apontado para um nível próximo a 5,05 reais por dólar, “o que seria apropriado neste momento, em que há expectativa de juros altos no exterior e em que ainda existem algumas brechas no arcabouço fiscal que preocupam em termos de execução”. Na visão de Maciel, o cenário ainda abarca incertezas relevantes internas e externas que, mesmo com uma volatilidade implícita baixa, são suficientes para manter o dólar levemente acima de R$ 5.

Já os estrategistas do J.P. Morgan mantêm uma avaliação “overweight” (desempenho acima da média do mercado) em relação ao real. “Esperamos que as condições globais continuem alimentando o apetite por carrego e vemos uma fraqueza contínua do dólar à frente. O Brasil oferece os juros reais mais altos nos mercados emergentes e a volatilidade tem sido baixa, enquanto muitos catalisadores idiossincráticos estão fora do caminho”, escrevem os profissionais em nota enviada a clientes.

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