Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2020
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que assinou ordem executiva para proteger estátuas, memoriais e monumentos no país, após uma série de atos que derrubaram essas instalações. Segundo ele, quem desrespeitar as regras poderá ser punido com prisão.
“Prisão longa para esses atos sem lei contra nosso Grande País”, anunciou Trump no Twitter.
O republicano já pretendia assinar a medida no início da semana, após novos episódios de derrubadas de estátuas nos EUA. A maioria dos atos ocorre em protesto ao racismo no país, contra estátuas que representem a discriminação racial.
Na última segunda-feira (22), perto da Casa Branca, manifestantes tentaram derrubar uma estátua equestre de Andrew Jackson, que foi presidente dos EUA na primeira metade do século 19.
O monumento foi pichado com a inscrição “escória assassina” em sua base. Os protestantes tentaram derrubar a estátua com cordas, mas a polícia chegou e impediu a ação.
O vídeo foi publicado em redes sociais. Há imagens de pessoas subindo na estátua. Foi a tentativa mais recente de uma onda de tentativas de destruir imagens de figuras histórias consideradas racistas — sobretudo em meio aos atos após a morte de George Floyd.
Manifestantes também derrubaram estátuas do navegador Cristóvão Colombo em diversas partes dos EUA, no início do mês.
Reino Unido
Após manifestantes contra o racismo em Bristol, no Oeste da Inglaterra, terem derrubado a estátua de um traficante de escravos, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, determinou que os monumentos e os nomes das ruas da capital fossem revistos.
Uma estátua de Edward Colston, um homem que ficou rico no século XVII vendendo pessoas escravizadas capturadas na África Ocidental, foi derrubada e jogada no porto de Bristol por um grupo de manifestantes que participavam de um ato pela morte de George Floyd nos Estados Unidos. Um dia depois, o prefeito da cidade, Marvin Rees, afirmou que iria guardar a escultura em um museu.
Segundo o prefeito de Londres, uma comissão irá revisar estátuas, placas e nomes de ruas que têm relação com a rápida expansão da riqueza e do poder de Londres no auge do Império Britânico durante o reinado da rainha Vitória.
“A diversidade da nossa capital é nossa maior força, mas nossas estátuas, nomes de estradas e espaços públicos refletem uma era já passada”, disse Khan, afirmando que algumas estátuas seriam removidas. “É uma verdade desconfortável que a riqueza da nossa nação e da nossa cidade se devam em grande parte ao comércio de escravos. E, embora isso esteja em domínio público, a contribuição de muitas de nossas comunidades para a vida em nossa capital tem sido deliberadamente ignorada.”