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Notícias Eleitorado brasileiro envelhece, mas número de votantes de 16 e 17 anos em situação regular sobe 78%

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Aptos a votar, mas não obrigados, jovens com 16 e 17 anos chegam a 1,83 milhão em 2024. (Foto: Reprodução)

Mais escolarizado que há 12 anos, e de maioria feminina. Mais velho, mas com maior número de eleitores adolescentes frente a 2020. Dados recém-divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ajudam a traçar o perfil dos mais de 155,9 milhões de brasileiros aptos a votar no pleito municipal deste ano, número 5,4% maior que o contabilizado na eleição anterior.

Apesar do processo de envelhecimento, o alistamento de eleitores com 16 e 17 anos de idade aptos a votar — cujo voto é facultativo — cresceu 78% este ano, na comparação com as eleições de 2020, marcadas pela pandemia de Covid-19. Esse contingente passou de 1,03 milhão para 1,8 milhão em quatro anos, número ainda abaixo dos 2,3 milhões registrados em 2016.

O aumento da média de idade dos votantes é uma tendência observada na última década. Hoje, um quarto do eleitorado — mais de 38,8 milhões de brasileiros — tem entre 45 e 59 anos de idade, faixa etária em maior número. Na sequência, aparecem os eleitores com idade entre 35 e 44 anos, que chegam a 31,7 milhões (20,4% do total). Nas eleições de 2012, a dianteira era ocupada pelo grupo na faixa entre 25 e 34 anos.

Troca de posições

Outra mudança no perfil do eleitorado passa pelo seu nível de escolaridade. Em 2024, os aptos a votar com ensino médio completo representam 27% do total e aparecem à frente, seguidos pelos que têm ensino fundamental incompleto (22%). Há 12 anos, eram os eleitores com ensino fundamental incompleto o principal grupo de escolaridade. Eles chegavam a 32% dos votantes.

No período de pouco mais de uma década, a população apta a votar com ensino superior completo saltou de 4,3% do eleitorado para atuais 10,8%. Já a que informou ao tribunal ser analfabeta recuou (de 5,6% para 3,6%).

Do total de brasileiros que poderão participar do pleito municipal de 6 de outubro, 52% são mulheres e 48% são homens.

Os dados do TSE também mostram que, em 2024, o país terá 41.537 eleitoras e eleitores com nome social aptos a votar. Em 2020, eram 10.450.

Já o número de pessoas com deficiência em situação regular na Justiça Eleitoral atingiu a marca de 1,4 milhão, seguindo a tendência observada nos últimos anos. Em 2012, os eleitores desse segmento somavam pouco mais de 242 mil. As deficiências de locomoção (29,3%) e visual 14% são as mais frequentes entre os que poderão votar.

Ainda de acordo com os dados da Corte, que foram publicados em edição extraordinária do Diário da Justiça, o município com o maior número de eleitores é São Paulo, com 9,32 milhões de pessoas aptas a votar, seguido por Rio de Janeiro, com 5,09 milhões, e Belo Horizonte, com 1,99 milhões.

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