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Mundo Em disputa com Evo Morales para comandar a Bolívia, o atual presidente do país é expulso de seu partido

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O presidente da Bolívia, Luis Arce, foi expulso do Movimento ao Socialismo. (Foto: Reprodução/Twitter)

O presidente da Bolívia, Luis Arce, foi expulso do Movimento ao Socialismo (MAS), o partido com o qual venceu as eleições de 2020. Arce e Evo Morales, que eram aliados, agora são adversários por causa das eleições presidenciais de 2025. Morales será o candidato do MAS.

A legenda governista que Morales lidera afastou Arce por ele se recusar a participar do congresso do (MAS), realizado entre terça e quinta-feira em Cochabamba.

Segundo a resolução aprovada pelos partidários de Morales, Arce se “auto-expulsou” ao faltar o encontro no qual seu rival deverá ser proclamado candidato às primárias de dezembro, das quais sairá o presidenciável.

Outros 28 militantes do MAS leais a Arce, entre eles legisladores e funcionários do governo, também foram expulsos.

Em final de setembro, ele disse em seu programa na rádio Kawsachun Coca: “Convenceram-me de que serei candidato; forçaram-me. Claro que o povo me quer, mas estão me forçando, tanto [que é feito] contra Evo; todos contra Evo, a direita, o governo, o império”.

Tal anúncio não foi nenhuma surpresa para a sociedade boliviana, avalia Jan Souverein, representante na Bolívia da Fundação Friedrich Ebert, ligada ao Partido Social-Democrata alemão. Segundo ele, a candidatura de Morales já era tida como certa no país.

O que teria causado surpresa é o fato de ele ter anunciado isso na véspera do congresso do MAS.

Liderança do partido

Morales, que governou entre 2006 e 2019, disputa com Arce a liderança do partido.

A rivalidade que quebrou a unidade do MAS se acentuou no último ano, após as críticas de Morales ao governo por sua suposta traição, corrupção e tolerância com o narcotráfico.

Após sua tentativa frustrada de se reeleger em 2019 depois de 14 anos de mandato, o esquerdista Morales impulsionou a chegada ao poder de Arce, que ainda não anunciou se tentará a reeleição.

Durante seu congresso, o MAS também modificou os estatutos para que apenas militantes com 10 anos de partido possam se candidatar. Arce não cumpre tal exigência.

A justiça eleitoral deve ratificar ou invalidar as decisões do MAS.

Arce havia se afastado dias antes do congresso do partido governista, alegando que as organizações sociais não estavam representadas.

“Não podemos ir a uma casa onde não vão estar seus verdadeiros donos, as organizações sociais”, apontou o mandatário e ex-ministro de Morales.

Sem a origem indígena ou o carisma de seu mentor, Arce conseguiu fortalecer sua liderança entre as bases sociais e sindicais por meio da concessão de incentivos.

Sua desaprovação chega a 50%, segundo uma pesquisa da empresa privada Diagnosis. No entanto, nos círculos do partido, é tido como certo que Arce tentará a reeleição, dada a oposição enfraquecida e a rejeição que Morales desperta em setores econômicos.

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