Terça-feira, 21 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 6 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A 7 de novembro de 2005, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente Lula afirmou que o uso do caixa 2 por partidos é “intolerável” e que “pode não concorrer à reeleição”. Também defendeu o ex-ministro José Dirceu e afirmou que “o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares terceirizou as finanças do partido”.
No dia seguinte, a Folha de São Paulo publicou:
“Com relação ao caixa 2, houve uma mudança de discurso. Em julho, quando a CPI descobriu que campanhas petistas haviam sido realizadas com recursos não-contabilizados, o presidente afirmara que, no Brasil, a prática ocorria “sistematicamente”.
A Folha de São Paulo prosseguiu:
“Lula fez uma defesa enfática de Dirceu, chegando a dizer que seria seu advogado de defesa.”
Passados dez anos, constata-se: 1) José Dirceu cumpre pena e está esquecido pela cúpula do PT, incluindo Lula; 2) perante a Justiça, o mensalão não foi desmentido; 3) o presidente concorreu à reeleição em 2006 e esta semana anunciou que fará o mesmo em 2018.
Na Política, as palavras memória e coerência acabam esquecidas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.