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Mundo Expectativa de “onda vermelha” republicana não se concretiza nas eleições dos Estados Unidos

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Controle da Câmara e do Senado ainda está indefinido. (Foto: Reprodução)

O controle da Câmara e do Senado depois das eleições legislativas e estaduais nos Estados Unidos ainda está indefinido, mas a “onda vermelha” com que os republicanos sonhavam se desvaneceu durante o início da apuração dos votos. Embora os republicanos tenham conquistado triunfos importantes nas votações e ainda sejam favoritos para obter a maioria pelo menos na Câmara, os resultados anunciados até agora ainda são insuficientes para decidir o futuro político do presidente democrata, Joe Biden, e de seu antecessor, o republicano Donald Trump.

Os democratas desafiaram várias previsões de derrota feitas pelas pesquisas, vencendo disputas acirradas para as duas Casas do Congresso e governos estaduais. Especialmente importantes para o partido de Biden foram as vitórias dos candidatos ao Senado John Fetterman, na Pensilvânia, que derrotou o médico celebridade Mehmet Oz, apoiado por Trump, e a reeleição dos senadores Maggie Hassan, de New Hampshire, e Michael Bennet, do Colorado.

Os republicanos, por sua vez, conquistaram uma vitória importante para o Senado, com o escritor J.D. Vance vencendo o democrata Tim Ryan em Ohio.

Com 35 cadeiras em disputa no Senado, pouco mais de um terço do total de 100, os democratas somam 46 na Casa, e os republicanos 48. Agora, a maioria democrata na Casa depende de vitórias ao menos no Arizona e em Nevada, onde os atuais senadores do partido, respectivamente Mark Kelley e Catherina Cortez Masto, enfrentam desafiantes republicanos.

Sem isso, a definição terá de esperar um segundo turno em 6 de dezembro na disputa por uma cadeira do Senado na Geórgia, onde o senador democrata Raphael Warnock está na frente do republicano Herschel Walker, mas não deve garantir 50% dos votos para ser reeleito em primeiro turno, segundo as regras estaduais.

Hoje, cada partido tem 50 senadores, e a vice-presidente Kamala Harris, que preside a Casa, tem o voto de minerva.

Na Câmara, onde já foram definidas 183 cadeiras para os democratas e 207 para os republicanos, de um total de 435, uma vitória da oposição a Biden ainda é mais provável.

Na Flórida, um democrata de 25 anos, Maxwell Frost, tornou-se o primeiro membro da Geração Z a entrar no Congresso, conseguindo uma vaga na Câmara. O resultado final das disputas para deputado federal, porém, pode demorar dias.

“Não é uma onda republicana, com certeza”, admitiu o influente senador pela Carolina do Sul Lindsey Graham, amigo de Trump, à NBC.

O senador republicano pela Flórida Ted Cruz, que foi reeleito, havia previsto uma “tsunami vermelho” e disse que ainda acredita que seu partido vencerá nas duas Casas do Congresso, mas reconheceu que “não foi uma onda tão grande quanto esperava”. O líder da atual minoria republicana na Câmara, Kevin McCarthy, disse também acreditar no controle da Casa.

Atualmente, os democratas têm 220 deputados, e os republicanos 212. De acordo com analistas, o grande comparecimento de eleitores democratas e o peso do tema do aborto na disputa, depois que o direito constitucional ao procedimento foi derrubado pela Suprema Corte de maioria conservadora em junho, podem ter favorecido o partido de Biden e freado os republicanos.

Se Biden, de 79 anos, perder a maioria em uma das Casas, sua margem de manobra ficará menor. Ele ficará paralisado diante de republicanos que prometem usar todas as armas parlamentares, incluindo investigações sobre seu filho Hunter Biden, e bloqueio orçamentário. Mas, se perder o Senado também, uma possível candidatura à reeleição em 2024 ficará sob risco.

Tradicionalmente, as eleições legislativas no meio do mandato presidencial são desfavoráveis ao ocupante da Casa Branca, e os democratas Barack Obama e Bill Clinton tiveram de conviver com um Congresso opositor. Biden, porém, está surpreendendo ao evitar, até agora, uma derrota maior.

Nos Estados

Até o momento, o veredicto das eleições é mais claro nas disputas para os governos estaduais, com a vitória esmagadora do astro em ascensão Ron DeSantis na Flórida. Possível rival de Trump na disputa pela candidatura republicana à eleição presidencial de 2024, ele se reelegeu como governador no Estado.

Após os resultados, DeSantis disse que a disputa está apenas começando, possivelmente para irritar Trump, que deseja usar a eleição legislativa como trampolim para a próxima corrida presidencial e prometeu um “grande anúncio” para 15 de novembro.

Os democratas, por sua vez, arrebataram dois governos de conservadores: Maryland e Massachusetts. Em Maryland, Wes Moore será o primeiro negro a governar o Estado, depois de vencer um republicano de extrema direita, Dan Cox. Em Massachusetts, onde os republicanos governavam havia oito anos, Maura Healey será a primeira lésbica a liderar um estado.

A democrata Kathy Hochul elevou o ânimo dos democratas ao manter o governo do estado de Nova York, onde os republicanos acreditavam que poderiam derrotá-la. Já na Pensilvânia o democrata Josh Shapiro derrotou o republicano trumpista Doug Mastriano. No total, estão em jogo 36 dos 50 governos estaduais.

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