Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de julho de 2021
Nesta semana, grandes sites de diversos segmentos passaram por uma imensa instabilidade que gerou muitos transtornos virtuais e dores de cabeça reais para usuários de todo o planeta. Entre os principais serviços impactados por esse defeito surpreendente, que têm um elevado nível de acessos por minuto, estão os sites GoDaddy, Amazon, Steam, Mercado Livre, Playstation, Submarino e Airbnb.
Clientes da Caixa, Sicredi, XP Investimentos e iFood também relataram a mesma instabilidade nos respectivos famosos aplicativos. Estima-se que pelo 29 mil sites tenham ficado fora do ar em todo o mundo.
Ao que tudo indica, a raiz do problema está ligada a uma falha no provedor da norte-americana Akamai, que fornece serviços de distribuição de internet para empresas globalmente. Segundo a Akamai, o problema detectado durou exatamente 1 hora.
“Implementamos uma solução para esse problema e, com base nas observações atuais, o serviço retomou as operações normais. Continuaremos monitorando para garantir que o impacto foi totalmente mitigado”, disse Akamai ao portal TechCrunch.
Usuários de todo mundo rapidamente perceberam a queda nos sites afetados e deixaram bem clara a sua insatisfação em relação ao problema pelas redes sociais.
Incomum
Este tipo de adversidade não é tão comum quanto parece. A última queda global da internet ocorreu no dia 8 de junho, há mais de um mês. Usuários de todo o mundo relataram problemas na ocasião ao acessar grandes sites. A lista incluía o Reddit, Spotify, Twitch, CNN, BBC, The New York Times, The Guardian e outros que saíram do ar naquela data.
O problema estava relacionado a outro provedor norte-americano de serviços: o Fastly, que atua como o Cloudflare. Em uma página de status do serviço, a empresa confirmou que as falhas também duraram cerca de uma hora.
A internet no Brasil
Uma pesquisa recente apontou que três em cada quatro brasileiros acessam a internet, o que equivale a 134 milhões de pessoas. Embora a quantidade de usuários e os serviços online utilizados tenham aumentado, ainda persistem diferenças de renda, gênero, raça e regiões.
As informações são da TIC Domicílios 2019, mais importante levantamento sobre acesso a tecnologias da informação e comunicação, realizada pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Conforme o estudo, 74% dos brasileiros acessaram a internet pelo menos uma vez nos últimos três meses. Outros 26% continuam desconectados. Se consideradas as pessoas que utilizam aplicativos que necessitam da conexão à internet (como Uber ou serviços de delivery de refeições), o percentual sobe para 79%. Há 10 anos, 41% da população estava nesta condição. Deste então, o crescimento se deu em média de 3,3% ao ano.
O acesso teve índices semelhantes entre mulheres (74%) e homens (73%). Mas os dados da pesquisa evidenciam diferenças. O índice varia entre as pessoas nas áreas urbana (77%) e rural (53%). Foi a primeira vez que a conectividade no campo ultrapassou a metade dos residentes nesses locais.
O percentual difere também entre brancos (75%), pardos (76%), pretos (71%), amarelos (68%) e indígenas (65%). No grau de instrução, 97% dos usuários que têm curso superior acessam a rede e 16% dos analfabetos ou da educação infantil usam a internet.
No recorte por renda, o nível de acesso foi de 61% entre os que ganham menos de um salário mínimo, 86% entre os que recebem de três a cinco salários mínimos e 94% entre os usuários com remuneração acima de 10 salários mínimos. O índice também é distinto entre os participantes da força de trabalho (81%) e os fora das atividades laborais (64%).