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Brasil Familiares serão processados por violar o túmulo de uma mulher, após boatos de que ela teria sido sepultada viva

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Incidente ocorrido no Oeste da Bahia motivou abertura de inquérito policial. (Foto: Reprodução)

Um grupo de familiares que abriu o túmulo de uma mulher de de 37 anos, mais de dez dias após o seu sepultamento, por acreditar que ela havia sido sepultada viva, será processado por violação de urna funerária, crime previsto no artigo 210 do Código Penal, com pena de um a três anos de prisão. O caso ocorreu no município de Riachão das Neves, no Oeste da Bahia.

De acordo com os delegados Arnaldo Alves e Antistenes Benvindo, que atuam no caso, as investigações preliminares apontam que a situação relatada pelos familiares não se sustenta em qualquer indício plausível, e que eles agiram com base apenas em boatos.

Rosângela Almeida dos Santos estava internada em um hospital da cidade de Barreiras, com um quadro de infecção respiratória. No dia 28 de janeiro, ela teve o óbito atestado pela unidade médica, após um quadro de choque séptico – quando a infecção se alastra pelo corpo, afetando vários órgãos. No dia seguinte, ela foi sepultada em Riachão das Neves.

No entanto, 11 dias após o enterro, o grupo abriu o caixão que tinha sido depositado em uma urna funerária, por acreditar que a mulher tinha sido enterrada viva. Isso porque a mãe dela, Germana de Almeida, estaria sonhando há dias que a filha estava viva. Após a informação de uma moradora, de que teria ouvido gritos de dentro da sepultura, familiares decidiram violar o caixão.

Em entrevista à imprensa local, a idosa declarou que o corpo da filha foi encontrado revirado no túmulo, com ferimentos nas mãos e testa, como se tivesse tentado sair do caixão: “Até aqueles preguinhos que estavam em cima estavam soltos. A mãozinha tava ferida, como quem estava arrumando, assim, arrumando o caixão para sair”.

Os delegados, entretanto, ressaltam que as informações não se confirmam: “O corpo estava do mesmo jeito, intacto, sem os alegados  ferimentos nas mãos e na testa”. O delegado também conta que a mulher foi sepultada mais de 20 horas após o óbito e que, durante todo o processo, que envolveu preparação do corpo para enterro e velório não houve um sinal de vida.

Sobre o relato a respeito do bom estado de conservação do cadáver, os investigadores foram informados pelos médicos de que o uso de antibióticos durante o internamento e o tempo chuvoso favoreceram uma decomposição mais lenta.

Perícia

Uma perícia foi feita no túmulo, onde o corpo foi recolocado, e um laudo deve esclarecer a situação. O prazo para divulgação do documento não foi divulgado. Segundo a Delegacia de Polícia de Riachão das Neves, todos os envolvidos no caso já estão sendo ouvidos.

Em nota, a assessoria do hospital informou que está à disposição dos familiares da vítima e autoridades para prestar todas as informações necessárias. Um integrante a equipe da UTI, que preferiu não ser identificado, contou que a paciente tinha enfisema pulmonar e foi hospitalizada com uma grave infecção respiratória, que se tornou irreversível nas últimas 24 horas antes da morte.

“Na unidade de tratamento intensivo, a paciente estava sob um grau de supermonitoramento, que tornaria impossível um erro médico e consequente sepultamento da mulher com vida”, assegurou.

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https://www.osul.com.br/familiares-serao-processados-por-violar-o-tumulo-de-uma-mulher-apos-boatos-de-que-ela-teria-sido-sepultada-viva/ Familiares serão processados por violar o túmulo de uma mulher, após boatos de que ela teria sido sepultada viva 2018-02-15
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