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Mundo França considera “inaceitável” espionagem de presidentes feita pelos Estados Unidos

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Chirac (E), Sarkozy (C) e Hollande (D) foram investigados pelos EUA entre 2006 e 2012. (Foto: AFP)

O governo da França considerou nesta quarta-feira (24) como algo “inaceitável” a informação divulgada por meios de comunicação de que os Estados Unidos espionaram, pelo menos entre 2006 e maio de 2012, os três presidentes franceses que se sucederam nesse período – Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande.

O Ministério de Relações Exteriores da França convocou o embaixador norte-americano em Paris para esclarecimentos sobre as revelações de espionagem. Além disso, o país europeu deverá enviar um coordenador de Inteligência aos Estados Unidos nos próximos dias.

“A França não aceitará ações que ameacem a sua segurança e a proteção de seus interesses”, afirmou em comunicado o gabinete do atual presidente francês, François Hollande, após uma reunião de emergência com ministros e comandantes das Forças Armadas.

O escritório de Hollande declarou também não ser a primeira vez em que surgem acusações de espionagem sobre a França e que as “autoridades americanas haviam adotado compromissos” que “devem ser reafirmados e estritamente respeitados”.

Na terça-feira (23), o jornal francês Libération e o site Mediapart, da organização de vazamento de documentos WikiLeaks, revelaram que a NSA (agência nacional de segurança dos EUA) havia empreendido “uma operação de grande envergadura” para monitorar as comunicações os três chefes de Estado franceses e seus colaboradores próximos, como diplomatas e chefes de gabinete.

Aparentemente, a publicação dos dados que evidenciam a espionagem foi programada para coincidir com uma votação no Parlamento francês de um projeto de lei, aprovado nessa quarta-feira, que amplia os poderes de espionagem das autoridades do país.

Os documentos, classificados como secretos, consistem em cinco relatórios da agência norte-americana, baseados em “interceptações de comunicação”, que eram destinadas à “comunidade de informações” dos EUA e a dirigentes da NSA, segundo o Libération.

Inicialmente, a Casa Branca se recusou a confirmar ou negar relatos de espionagem, no entanto, posteriormente, os EUA garantiram que não monitoram o presidente Hollande e que não visam monitorá-lo no futuro. “Não temos como objetivo e não teremos como objetivo as comunicações do presidente Hollande”, afirmou, na terça-feira, à agência de notícias AFP o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (órgão ligado à Casa Branca), Ned Proce.

O presidente norte-americano Barack Obama disse na quarta-feira a Hollande que os EUA não espionam suas comunicações e reafirmou seu compromisso em “pôr fim a práticas do passado inaceitáveis entre os aliados”, informaram a Casa Branca e a presidência francesa.

As declarações foram feitas durante conversa por telefone. Em comunicado, o Palácio do Eliseu afirmou que a conversa “foi a oportunidade de falar sobre os princípios que devem reger as relações entre os aliados em termos de inteligência”.

O porta-voz do governo francês, Stéphane Le Foll, disse nesta quarta-feira à emissora i-Télé que a espionagem “não é aceitável nem compreensível” pois “França e EUA são aliados frequentes no mundo em nome da democracia e da liberdade”. “Não vamos entrar em uma crise. É preciso refletir sobre o que está sendo dito. Já temos crises suficientes”, adicionou Le Foll.

As declarações do porta-voz francês foram dadas na capital Paris, antes da reunião de emergência convocada por Hollande com os principais ministros e responsáveis pela área de defesa do país. O coordenador do Serviço de Informações francês junto à presidência da França, Didier Le Bret, viajará para os EUA para falar com autoridades do país e “fazer o balanço de todas as disposições acordadas entre a França e os Estados Unidos” em matéria de espionagem, declarou Le Foll.

Escândalo

A revelação de que os EUA espionaram líderes franceses reaviva o escândalo de monitoramento de comunicações pela NSA, denunciado em 2013 por seu ex-funcionário Edward Snowden. Na época, tornou-se público que as autoridades norte-americanas haviam espionado centenas de civis estrangeiros e chefes de Estado como a presidenta brasileira Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Mekel. O escândalo provocou atritos nas relações bilaterais dos EUA com esses países. (Folhapress e ABr)

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