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Saúde Idosos brasileiros terão de tomar 3ª dose da vacina? Tudo indica que sim

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Pessoas que já se vacinaram podem ser chamadas a tomar mais uma dose.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Somando a primeira, a segunda, a dose única e a dose de reforço são 318.588.305 doses aplicadas desde o começo da vacinação. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Parece uma corrida com dois competidores. Numa pista, o ser humano avança iniciando a vacinação contra a covid. Mas o coronavírus acelera, promovendo mutações mais contagiosas e capazes de reduzir a proteção das vacinas.

Nessa disputa, há duas estratégias igualmente importantes para os dois adversários: rapidez e adaptabilidade.

Enquanto, o vírus tenta se modificar para entrar com mais facilidade e em maior quantidade no organismo, o ser humano corre contra o tempo para imunizar o quanto antes toda a população e desenvolver vacinas que protejam contra as variantes perigosas.

Segundo pesquisadores, nessa corrida contra o vírus, pessoas já vacinadas contra a covid poderão ter que receber uma dose adicional de imunizante.

Isso porque duas variantes do coronavírus, a encontrada em Manaus, batizada de P.1, e a da África do Sul, chamada de 501.V2, parecem reduzir a eficácia de vacinas por possuírem a mutação E484K, capaz driblar a ação de anticorpos produzidos pelo corpo.

Uma terceira variante encontrada no Reino Unido também passou a apresentar a mutação E484K em algumas regiões do país, segundo análises da Public Health England, agência ligada ao Ministério da Saúde britânico.

“Pessoas que já se vacinaram poderão ter que tomar mais uma dose, quando adaptações das vacinas forem concluídas para proteger contra variantes”, disse à BBC News Brasil o virologista Julian Tang, professor da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

“Nessa mesma época no ano passado, tínhamos o vírus que surgiu em Wuhan, na China. Neste ano, já temos três variantes que causam preocupação. Nesse período do ano que vem, poderemos ter mais variantes. Então, é possível que a vacina tenha que ser atualizada todo ano para acompanhar esse ritmo”, avalia.

O governo britânico confirmou que pretende disponibilizar para a sua população vacinas anuais contra a covid, como ocorre atualmente com a gripe.

“Vemos como muito provável uma imunização de reforço no outono (no hemisfério Norte) e, então, vacinações anuais, como fazemos hoje contra a gripe, adaptando para variantes que se espalham pelo mundo”, disse o secretário para vacinas Nadhi Zahawi.

Diversos fabricantes anunciaram que estão desenvolvendo novas vacinas capazes de aumentar a proteção contra variantes com as mutações E484K, embora pesquisas preliminares indiquem que os imunizantes disponíveis ainda oferecem alta proteção, de quase 100%, contra os casos mais graves da doença – aqueles que podem resultar em morte.

O maior problema parece residir na eficácia global das vacinas, que engloba casos leves, moderados e graves.

“O que apareceu nesses dados preliminares é que houve uma queda no percentual de pessoas que não tiveram nenhum sintoma. Mas não teve aumento no percentual de casos graves”, disse o virologista Felipe Naveca, que participou do primeiro sequenciamento da variante de Manaus.

“Se a vacina continua protegendo para as formas graves da doença, essas pessoas continuam protegidas para aquilo que é o mais importante da vacina. Agora, se os estudos demonstrarem queda de eficácia nesse sentido, provavelmente as pessoas já vacinadas terão que ser reimunizadas (com vacina adaptada) ou tomar uma dose adicional”, completa Naveca, que é pesquisador do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/FioCruz).

Nesse contexto, a vacina CoronaVac, por enquanto a predominante no Brasil, parece apresentar alguns pontos fortes.

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