Quinta-feira, 16 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2016
O ex-funkeiro abraçou o som lacrimejante da bachata (um irmão do bolero, vindo da República Dominicana) em seu novo disco, “Soy Latino”. E apesar de ter composto faixas como “Sala Vip”, “Panelinha de Pressão” e “Uivando Que Nem Cachorro” baseadas em uma leva de mais de cem histórias trágicas e amorosas que recebeu dos fãs (“disse no meu site que oferecia 200 reais pela mais caliente”, brinca), o cantor de “Me Leva” poderia dar aulas sobre o assunto.
“Errei e vou errar muito ainda nos meus relacionamentos. Graças aos erros é que evoluí musicalmente. Uma coisa ajuda a outra, me separo e acabo compondo”, conta. Mesmo com as histórias dos fãs, ele revela que “Congela-Mor” é autobiográfica, e fala da época em que terminou seu casamento com Kelly Key. “Cara, quando me separei dela, me enfiei no freezer porque não queria ficar sofrendo. Queria me congelar. Só que não vi que o freezer fechava pelo lado de fora e fiquei preso, gritando por 20 minutos até me salvarem. Fiz a música lá atrás e pensei: ‘Vou deixar essa porra passar para gravar’. Como já estou resolvido com isso…”
“Felina” também é autobiográfica, e fala de uma menina que se fazia de santa e iludia Latino e mais outro homem. Já entre os temas sofridos que chegaram via e-mail estão o do rapaz que se apaixona por uma mulher sensual no aeroporto sem nem desconfiar que é uma filha de seu próprio pai, fora do casamento (“Sala Vip”), a do marido que vê sua vida sexual acabar porque sua mulher se tornou evangélica (“Julgo Desigual”) e um relacionamento que termina com o namorado uivando pelas ruas (“Uivando Que Nem Cachorro”).
Relação a três
Latino andou dizendo em entrevistas que namorou duas mulheres ao mesmo tempo. “Na verdade foram, três. E eu queria casar com elas!”, espanta o cantor, que namorava as três mulheres e deu a ideia de morar todo mundo sob o mesmo teto para evitar ciúmes. “Elas sabiam uma da outra, meio que trabalhavam para mim. Cada semana uma delas viajava comigo. Nos primeiros seis meses foi legal, foi o paraíso, mas depois começaram as brigas. Quando conheci a Rayanne, ela primeiro era minha amiga e me ajudou a superar esse relacionamento com elas. Ela até me admirou por falar das três para ela, dizer que não queria fazer nada escondido. Foi legal de experimentar, a coisa mais louca, mas não aconselharia isso para ninguém”. O cantor reitera: homem fiel não existe. “Ele pode estar fiel, vai depender muito do que o mundo oferecer para ele. Mas ser fiel, não dá. Em mais de 40 anos, nunca conheci nenhum homem fiel. Acredito na fidelidade feminina. Quando a mulher ama, é fiel. O homem é muito carnívoro”, brinca.