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Política Lula pediu a líder do governo para resolver demissão do primo do presidente da Câmara dos Deputados

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Lula entrou no circuito para resolver o impasse em torno da confusão gerada com a demissão do primo do presidente da Câmara dos Deputados.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Lula entrou no circuito para resolver o impasse em torno da confusão gerada com a demissão do primo do presidente da Câmara dos Deputados. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou no circuito para resolver o impasse em torno da confusão gerada com a demissão de Wilson Cesar de Lira Santos, primo do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira, do comando da superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas.

Lula ligou para José Guimarães, líder do governo na Câmara, e pediu que ele resolva qualquer mal-entendido que a exoneração tenha causado. Não é tarefa difícil para Guimarães, que tem uma ótima relação com Lira e, inclusive, é uma das opções do Congresso quando se fala em nomes para substituir Alexandre Padilha na articulação política do governo.

A demissão sucedeu uma série de reclamações que chegaram aos ouvidos do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, desde o início do governo Lula. Wilson Cesar de Lira Santos, conhecido como Cesar Lira, era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e empreendia na autarquia uma política oposta à defendida pelos movimentos sociais e pelo governo Lula. Em outra frente, segundo opositores, atuava com interesses eleitorais: queria ser prefeito de Maragogi, no litoral alagoano.

Foram várias as reuniões e cartas enviadas por movimentos sociais, como o MST, ao ministro Teixeira. Nos textos, integrantes reclamavam de Cesar, visto à frente do Incra como “inimigo da reforma agrária”.

Em um deles, de janeiro, sete grupos afirmam que, “apesar das várias denúncias que realizamos em 2023, durante reuniões com Vossa Excelência e das notas públicas, persiste a irresponsabilidade política de manter um bolsonarista de carteirinha no cargo de superintendente do Incra”.

Dura com o ministro, aliado da pauta dos movimentos, a carta acusa Teixeira de “não honrar com a palavra”. Apesar do “histórico de serviços à extrema direita”, afirmam os sete grupos, “o superintendente continua ocupando um cargo extremamente importante, com a vossa anuência.”

Desde o início do governo Lula, houve um esforço de trocar as chefias do Incra nos estados, dado que a gestão Bolsonaro era diametralmente oposta na política para o campo. Alagoas, contudo, permaneceu sob influência de Lira. A indicação de Cesar — em 2017, ainda no governo Michel Temer (MDB) — foi feita pelo deputado federal Marx Beltrão (PP-AL), mas passou a ser avalizada pelo primo e chefe da Câmara nos anos Bolsonaro.

Nos primeiros meses de 2023, o governo federal, Lira e movimentos sociais estabeleceram um acordo. Como Cesar tinha pretensão de substituir outro primo do deputado, Fernando Sérgio Lira Neto, na prefeitura de Maragogi, o superintendente precisaria ser exonerado até este mês, prazo final para poder disputar a eleição. Cesar, no entanto, foi preterido por outro escolhido pelo atual prefeito, o que colocou o acordo em xeque.

 

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