Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de fevereiro de 2021
O Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO) da Nasa, a agência espacial norte-americana, avistou um poço profundo, com aproximadamente 180 metros de diâmetro, durante sua expedição pelo Planeta Vermelho.
As imagens foram capturadas originalmente no dia 24 de janeiro pela câmera HiRise do equipamento e mostravam uma espécie de mancha negra.
Para uma melhor análise, os pesquisadores da Universidade do Arizona precisaram ajustar o brilho das fotos, quando foram pegos de surpresa. “O chão do poço parece ser de areia lisa e desce para o sudeste”, escreveu o geofísico da Nasa Ross Beyer.
Após a descoberta do poço, os pesquisadores vão analisar se ele pode estar conectado a outros túneis que teriam sido deixados para trás por canais de lava de fluxo rápido. Essas redes de túneis existem na Terra, em locais como o Parque Nacional dos Vulcões, no Havaí.
“A esperança era determinar se este era um poço isolado ou se era uma clarabóia em um túnel, muito parecido com claraboias nos tubos de lava do Havaí”, disse Beyer.
A hipótese de que vulcões antigos podem ter deixado grandes tubos de lava cavernosos na superfície de Marte já é antiga. Alguns cientistas, inclusive, defendem que elas podem ter tamanho suficiente para abrigar bases planetárias em uma possível colonização humana do Planeta Vermelho.
Não é o primeiro buraco
A descoberta deste poço não é a primeira de um buraco com essa magnitude. Em 2012, o Orbitador de Reconhecimento de Marte encontrou alguns outros buracos que lembravam uma cadeia de cavernas com 225 metros de altura.
Mas para se ter certeza do que se trata, a a agência espacial norte-americana precisa desenvolver melhor sua tecnologia de drones que podem voar em Marte, isso porque um rover como o Perseverance, por exemplo, ficaria inutilizável caso caísse em um buraco assim.
Fotos de Marte
Caçadores de OVNIs e ufólogos têm utilizado as redes sociais para questionar o sucesso da empreitada da Nasa no Planeta Vermelho. O principal ponto de discordância é a baixa qualidade das fotos e vídeos divulgadas pela agência até o momento.
“Mesmo um simples iPhone 12 amarrado ao rover ofereceria fotos mais nítidas, mais detalhadas, com melhor contraste e mais coloridas do que as que a Nasa está mostrando ao público. Então, como isso pode acontecer?”, questionou o ufólogo Scott C. Waring.
Nas publicações em seu blog, Waring acusa a Nasa de não ser totalmente franca sobre o que está encontrando em Marte. Segundo ele, os cientistas estariam apagando detalhes propositalmente, para evitar naves e estruturas alienígenas fossem reveladas. Ele, inclusive, compartilhou fotos do que alegou ser uma “garrafa alienígena” no solo do planeta.