Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2016
Mulheres que têm o início da menstruação e da menopausa mais tarde na vida têm mais chances de chegar aos 90 anos, segundo um estudo da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos. Para chegar à conclusão, os pesquisadores avaliaram dados de cerca de 16 mil mulheres que participam da pesquisa WHI (Women’s Health Initiative), iniciativa para estudar mulheres na fase pós-menopausa. Elas foram acompanhadas por 21 anos.
A pesquisa concluiu que as mulheres que começaram a menstruar mais tarde tiveram menos risco de desenvolver alguns problemas de saúde, como doenças coronarianas. Além disso, aquelas que entraram na menopausa mais tarde tiveram mais chances de apresentar uma saúde excelente.
Mulheres com esse perfil também apresentaram menor probabilidade de serem fumantes ou terem um histórico de diabetes. “Fatores como o fumo podem danificar o sistema cardiovascular e os ovários, o que pode resultar em uma menopausa precoce. Mulheres com menopausa tardia e uma vida reprodutiva mais longa podem ter um risco diminuído de doenças cardiovasculares”, diz Aladdin Shadyab, um dos autores do estudo.
“Nosso estudo descobriu que mulheres que começaram a menstruar com 12 anos ou mais e entraram na menopausa, tanto naturalmente quanto cirurgicamente, com 50 anos ou mais e tiveram mais de 40 anos de vida reprodutiva tiveram chances maiores de viver até os 90 anos”, afirmou Shadyab.
O cientista, cujo avô viveu até a idade de 102 anos, o que provocou sua paixão pelo estudo do envelhecimento, ainda assinalou que mais estudos são necessários para examinar como o estilo de vida, a genética e os fatores ambientais podem explicar a ligação entre a vida útil reprodutiva e a longevidade.
Novo olhar.
“Este estudo é apenas o início de um olhar para fatores que podem prever a probabilidade de uma mulher sobreviver a uma idade avançada”, observou Shadyab. “Usando o meu avô como inspiração, estou animado para continuar a contribuir para a ciência por trás da longevidade”, declarou. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista médica Menopause.
O número de mulheres que vivem até os 90 anos nos Estados Unidos tem aumentado significativamente desde o século passado. Atualmente estimado em 1,3 milhão, esta faixa etária deverá quadruplicar até 2050.
