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Economia Mercado avalia que a cotação do dólar no Brasil deve manter trajetória de queda até o fim do ano

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Bancos revisam projeções para o câmbio diante da perda de força da moeda americana no cenário global. (Foto: Reprodução)

O dólar opera no menor patamar desde outubro de 2024. No acumulado deste ano, a moeda americana recua 10,96% em relação ao real, o que tem levado bancos e corretoras a revisar suas projeções para o câmbio. Se no começo de 2025 a expectativa era de que a moeda terminasse dezembro acima de R$ 6, agora a maior parte das casas estima que a divisa se mantenha abaixo desse patamar.

No fim de maio, o BTG Pactual foi um dos bancos que revisaram a sua estimativa para o dólar. Antes em R$ 6, agora a projeção é de R$ 5,60. A alteração leva em conta a desvalorização global da moeda americana. Para 2026, no entanto, a casa acredita que a evolução do câmbio dependerá principalmente de fatores domésticos, especialmente do processo político e da expectativa de como o próximo governo enfrentará o problema fiscal estrutural.

Quem também revisou a projeção foi o Inter, que agora espera um dólar em R$ 5,70, ante R$ 5,80 anteriormente. O Itaú, por sua vez, trocou sua estimativa de R$ 5,75 para R$ 5,65. Por um lado, o banco acredita que o real segue se beneficiando do ambiente internacional, com o dólar mais fraco frente às moedas emergentes. Por outro, a instituição considera que a elevada incerteza sobre o cenário internacional e os riscos domésticos relacionados às contas fiscais, além do quadro de contas externas pressionadas, exige uma postura cautelosa, que explica o ajuste mais modesto nas previsões.

Na visão de especialistas, a justificativa para a recente queda do dólar está muito mais associada ao cenário externo do que ao interno. Globalmente, a moeda americana recua mais de 9% em 2025, conforme mostra o índice DXY, que mede o dólar em relação a seis divisas fortes.

“Acredito que essa queda reflete muito mais um movimento externo do que uma melhora interna. Não é o real que está se fortalecendo – é o dólar que está enfraquecendo”, afirma Carlos Honorato, professor da FIA Business School.

O especialista também entende que o movimento representa um ajuste natural do “excesso de medo” observado no fim de 2024, quando o dólar superou os R$ 6, em meio ao aumento de preocupações em relação ao cenário fiscal brasileiro. Na época, o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo federal foi considerado insuficiente pelo mercado.

Juros

Uma explicação econômica também tem beneficiado o real: a diferença entre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 15% ao ano. Já nos EUA, as taxas continuam na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano. Essa disparidade incentiva operações de “carry trade” – estratégia de investimento que consiste em tomar dinheiro emprestado em um país com juros mais baixos e investir em outro que ofereça taxas mais altas.

“O diferencial de juros ainda alto no Brasil mantém o País atrativo para investidores estrangeiros em busca de rendimento, especialmente por ser menos afetado pelas tarifas de Donald Trump. Se o cenário externo continuar favorável e não houver piora relevante no risco fiscal local, é possível que o dólar siga comportado frente ao real no curto prazo”, afirma Marcos Weigt, diretor de tesouraria do Travelex Bank. (Com informações do Estado de S. Paulo)

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