Quarta-feira, 30 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de fevereiro de 2022
O futuro presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luiz Edson Fachin, afirmou nesta terça-feira (15) que a Corte terá pela frente “as ameaças ruidosas do populismo autoritário” e alertou para a importância da segurança cibernética, que disse ser “imprescindível”.
Fachin deu a declaração na abertura de uma reunião de transição realizada no TSE com novos gestores para tratar sobre os próximos passos da instituição e a organização das Eleições de 2022.
Posse no dia 22
Ele tomará posse como presidente do TSE em 22 de fevereiro, em substituição ao ministro Luís Roberto Barroso, que participou do encontro. O ministro Alexandre de Moraes, futuro vice-presidente, também estava presente.
“Cibersegurança é um elemento imprescindível. As ameaças são credíveis. Por isso, estamos atentos desde já. E como desde antes, sempre estaremos atentos e preparados. Teremos também pela frente as ameaças ruidosas do populismo autoritários”, disse o ministro.
“Estamos confiantes que, apesar do populismo autoritário, a democracia vai triunfar em 2022”, acrescentou Fachin.
Guerra declarada
O ministro disse que a “guerra contra a segurança no ciberespaço foi declarada faz algum tempo” e que atentar contra o TSE “abre uma porta para a ruína da democracia”.
Fachin ressaltou ainda que a Justiça Eleitoral enfrentará “distorções factuais e conspiratórias” que, somadas ao extremismo, tentam manchar a credibilidade da instituição, mas disse que o TSE estará atento e preparado.
“Paz e segurança nas eleições, com o máximo de eficiência e mínimo de ruído, é que desejamos. O papel da Justiça Eleitoral não é definir quem ganha, porquanto a chave do jogo é justamente a incerteza. Eis a tarefa mais importante numa eleição democrática: jogar com as regras do jogo e aceitar o resultado”, destacou.
Em relação aos riscos cibernéticos, o ministro disse que há ameaças de ataques de diversas formas e origens. Ele citou a Rússia como país exemplo de procedência de tais ataques.
“O alerta quanto a isso é máximo e vem num crescendo. A guerra contra a segurança no ciberespaço da Justiça Eleitoral foi declarada faz algum tempo” afirmou. “Violar a estrutura de segurança do Tribunal Superior Eleitoral abre uma porta para a ruína da democracia. Aqueles que patrocinam esse caos sabem o que estão fazendo para solapar o Estado de Direito”, acrescentou o ministro. As informações são do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.