Terça-feira, 08 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2020
A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) vai entrar com recurso para que o governo reconsidere a classificação da região da Serra. Para o presidente da instituição, José Carlos Breda, a Serra tem capacidade para ampliação do número de leitos e também está recebendo pacientes de outras localidades, como destacou em entrevista emissora Tua Rádio neste sábado (18): “Novamente fizemos um recurso muito bem fundamentado demonstrando que a Serra Gaúcha pelo esforço que vem fazendo, seja no aumento de leitos clínicos, seja no aumento de leitos de UTI, merece permanecer na bandeira laranja. Tanto é que a Serra Gaúcha está acolhendo pacientes de outras regiões para tratamento da Covid-19”.
Breda ainda falou que prefeitos e entidades da Região solicitaram ao governador Eduardo Leite mudanças no protocolo do Distanciamento Controlado e na sistemática do enquadramento das regiões nas bandeiras. “No momento esse protocolo tem deficiências, não mostra a realidade da região. O modelo matemático estatístico serve como orientador, mas a decisão final do comitê de crise deve olhar como um todo ”.
A cidade de Caxias do Sul é o epicentro do coronavírus na macrorregião da Serra. Apesar do aumento do número de leitos na região, de 235 em 1º de julho, para 258 no dia 16, o percentual de ocupação também aumentou de 65% para 72,5% no mesmo período. Ou seja, a iniciativa de abertura de leitos não tem sido mais eficaz porque têm aumentado o número de positivados para o coronavírus que precisam de internação.
Nove regiões apresentaram piora nos indicadores com relação à semana anterior. Cruz Alta, Erechim, Lajeado, Ijuí, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santo Ângelo e Uruguaiana saíram da bandeira laranja para a vermelha, juntando-se a Porto Alegre, Canoas, Cachoeira do Sul, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Taquara, que já estavam com risco alto.
Entenda o distanciamento controlado
Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável em todo o Rio Grande do Sul.
Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.
Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (médio), vermelha (alto) ou preta (altíssimo).O monitoramento dos indicadores de risco é semanal.
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