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Mundo Na Arábia Saudita, presidente do Irã pede que países muçulmanos classifiquem o Exército de Israel como “grupo terrorista”

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Ebrahim Raisi (E) vista o país pela primeira vez em mais de uma década; príncipe herdeiro saudita (D) também critica israelenses. (Foto: Alekhbariya TV)

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, pediu aos países muçulmanos que designem o Exército israelense como um “grupo terrorista” por sua operação militar na Faixa de Gaza e que “armem os palestinos” se “os ataques continuarem” em Gaza.

Raisi participa de um encontro na Arábia Saudita com outras lideranças da região. Ele foi recebido pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, em seu primeiro encontro desde que os países concordaram em restaurar as relações diplomáticas ainda este ano. A visita também marca a primeira vez em 11 anos que um presidente iraniano visita o Reino.

“Agora que as organizações internacionais se tornaram inúteis, devemos assumir um papel”, acrescentou Raisi, pedindo que os países muçulmanos “rompam todas as relações políticas e econômicas” com Israel, um Estado que o Irã não reconhece.

Ele também fez um apelo a “um boicote comercial contra o regime sionista, especialmente no setor de energia”.

No encontro, realizado na capital Riad, as lideranças pediram o fim imediato das operações militares em Gaza e condenaram Israel por cometer “crimes” contra os palestinos.

Críticas 

No seu discurso de abertura, o príncipe herdeiro disse que o país “rejeita categoricamente” a guerra a que os palestinianos estão submetidos.

“Rejeitamos categoricamente essa guerra brutal a que os nossos irmãos e irmãs estão sendo submetidos na Palestina (…) Renovamos a nossa exigência de um cesse imediato das operações militares.”

Bin Salman disse que os acontecimentos em Gaza exigem um “esforço coletivo coordenado para tomar medidas eficazes” e exigiu a abertura de corredores humanitários para fornecer ajuda aos civis.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu a suspensão dos ataques israelenses na Faixa de Gaza e a permissão da entrada de ajuda humanitária.

“O Conselho de Segurança da ONU deve agir rapidamente para parar a agressão israelita e permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa, e para evitar a expulsão do povo palestiniano em Gaza e na Cisjordânia”, destaca.

A Arábia Saudita iria receber dois encontros extraordinários no fim de semana, o da Organização de Cooperação Islâmica e o de participantes da Liga Árabe. Mas o Ministério das Relações Exteriores saudita anunciou neste sábado que elas seriam realizadas de forma conjunta em resposta às “circunstâncias sem precedentes em Gaza”.

A decisão destaca a necessidade de alcançar “uma posição coletiva unificada que expresse a vontade comum árabe e muçulmana em relação aos eventos perigosos e sem precedentes observados em Gaza e nos territórios palestinos”, afirmou a agência de imprensa saudita.

Os líderes dos países participantes trabalharão para “unir esforços e chegar a uma posição coletiva unificada” sobre os acontecimentos em Gaza, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores saudita.

O secretário-geral adjunto da Liga Árabe, Hossam Zaki, disse na quinta-feira que abordarão “o caminho a seguir na cena internacional para pôr fim à agressão, apoiar a Palestina e seu povo, condenar a ocupação israelense e responsabilizá-la por seus crimes”.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, o emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, e o presidente sírio, Bashar al-Assad, também estão presentes.

A Síria foi readmitida na Liga Árabe, uma organização de países do Oriente Médio e África, e na Organização para a Libertação da Palestina em maio, após uma ausência de 11 anos.

Aproximação

Até agora, Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos, rejeitaram os pedidos de um cessar-fogo, uma posição que provavelmente receberá críticas na cúpula de Riad.

Teerã apoia o Hamas, mas também o grupo libanês Hezbollah e os rebeldes houthis do Iêmen, que também lançaram hostilidades contra Israel, aumentando o temor de uma expansão do conflito.

A monarquia saudita, que mantém laços estreitos com os Estados Unidos e planejava normalizar suas relações com Israel antes da guerra, teme ser alvo desses confrontos, segundo analistas.

O príncipe herdeiro e líder de fato do reino, Mohamed bin Salman, denunciou na sexta-feira as “contínuas violações do direito internacional humanitário pelas forças de ocupação israelenses”.

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