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Política “Não temos que nos envolver”, diz o general que preside o Superior Tribunal Militar sobre as eleições

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Forças Armadas devem garantir processo legítimo e com respaldo popular, afirma general Gomes Mattos. (Foto: STM/Divulgação)

O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), general Luís Carlos Gomes Mattos, afirmou que a instância responsável pelo funcionamento das eleições é a Justiça Eleitoral. Segundo Mattos, a missão das Forças Armadas é diferente: garantir que o processo seja legítimo e tenha respaldo popular.

“Nós temos uma Justiça Eleitoral, e ela é a responsável pelo funcionamento real daquilo [eleições]. Nossa missão é diferente, não temos que nos envolver. Temos que garantir que o processo seja legítimo e tudo. Essa é a missão das Forças Armadas”, afirmou Gomes Mattos a jornalistas na cerimônia em que se despediu do tribunal.

Nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro tem usado o Ministério da Defesa – convidado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a comissão de transparência das eleições – para encampar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas e propor alterações, já incorporadas ou rejeitadas, ao sistema eleitoral.

Questionado sobre a preocupação com a violência política durante o período eleitoral, Gomes Mattos afirmou que o fenômeno “é do nosso País, é do mundo”.

O general reforçou ainda que os militares “vão atuar dentro daquilo que está previsto para garantir que aquele processo [eleitoral] seja legítimo, e realmente que tenha respaldo popular”.

Gomes Mattos conversou com jornalistas após a solenidade de despedida do STM. O general vai se aposentar compulsoriamente ao completar 75 anos – idade máxima permitida para o cargo.

Luís Carlos Gomes Mattos ingressou no Superior Tribunal Militar em 19 de outubro de 2011 e estava na presidência da Corte desde 17 de março de 2021. O ministro citou como legado o maior reconhecimento da Justiça Militar.

Ataques às urnas

Nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro – candidato à reeleição – tem feito uma série de ataques, sem fundamentos, às eleições e à segurança das urnas.

Parte desses questionamentos foi encaminhada também pelo Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições, criada em 2021. O TSE acolheu parte das sugestões e, ao rejeitar três pontos, apontou limitações técnicas e justificativas.

Militares do Alto Comando do Exército entraram em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para informar que não endossam as tentativas de desacreditar as urnas eletrônicas. O grupo se disse insatisfeito com a postura do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.

Além da insistência nas sugestões enviadas ao STM, Bolsonaro tem feito ataques às eleições em outras ocasiões. No último dia 18, o presidente usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo para apresentar, a embaixadores de vários países, suspeitas já desmentidas por órgãos oficiais sobre o tema.

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