Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2020
Desde o início da pandemia, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou mais de 17 milhões de testes para detectar o novo coronavírus no País. Em março, a média diária no SUS foi de cerca de mil testes. Só em outubro, o número aumentou para mais de 27 mil por dia.
Em maio deste ano, o ministério da Saúde disse que testaria 46 milhões de pessoas até o fim de 2020. No mês seguinte, o então ministro interino Eduardo Pazuello disse que não acreditava que teriam capacidade logística de processar essa quantidade em seis meses.
Em entrevista à CNN Brasil na época, o infectologista professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Alexandre Naime Barbosa, disse que não basta fixar um número de análises. “A Coreia do Sul testou apenas 2% da população mas acabou com o problema. A doença não é estática, é preciso continuar testando até acabar, rotineiramente, e com o melhor teste disponível”, disse.
As farmácias brasileiras também estão atuando na testagem da população. Segundo os números da Associação Brasileira Redes Farmácias Drogaria (Abrafarma), entre abril e novembro, mais de um milhão de testes rápidos foram realizados em mais de duas mil farmácias espalhadas pelo Brasil, o equivalente a mais de 5 mil testes por dia.
Vacina
A farmacêutica Pfizer espera obter o registro de sua vacina contra a covid-19 na Food and Drug Administration (FDA, agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos) em dezembro, o que permitiria iniciar a vacinação nos Estados Unidos ainda neste ano. Ao participar de um simpósio online promovido pela Academia Nacional de Medicina, o presidente da companhia no Brasil, Carlos Murillo, adiantou que 50 milhões de doses estarão disponíveis já neste ano, e o total para o ano que vem chega a 1,3 bilhão de doses para todo o mundo.
“No caso do Brasil, ainda estamos trabalhando fortemente com o governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade o mais rápido possível. Tenho esperança de que no primeiro trimestre do próximo ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil”, disse Murillo, que explicou que a empresa e o governo ainda estão em negociação.
A previsão da Pfizer é de que os requisitos exigidos pela agência reguladora americana para completar a solicitação de registro devem ser cumpridos na terceira semana de novembro. A partir daí, a avaliação da FDA deve durar cerca de um mês e a concessão do registro de uso emergencial ainda em 2020.
Os testes clínicos da Pfizer/Biontech envolvem cerca de 44 mil pessoas, sendo 3 mil no Brasil. Uma das exigências da FDA é que metade dos participantes do estudo tenha recebido a vacina há pelo menos dois meses. A outra exigência é que ao menos 164 pessoas que participaram do estudo desenvolvam a doença, já que metade dos voluntários não foi imunizada.