Segunda-feira, 23 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2015
A Real Academia Sueca das Ciências concedeu nessa quarta-feira o Prêmio Nobel de Química aos pesquisadores Thomas Lindalh, da Suécia, Paul Modrich, dos Estados Unidos, e Aziz Sancar, da Turquia, pelo estudo de mecanismos que permitem a reparação de DNA. Lindalh, 77, é ligado ao Instituto Francis Crick e ao Laboratório Clare Hall, ambos no Reino Unido; Modrich, 69, à Escola de Medicina da Universidade de Duke (Estados Unidos); e Sancar, também de 69, da Universidade da Carolina do Norte (EUA).
Os três pesquisadores, segundo o Comitê Nobel, conseguiram, por meio de uma espécie de “caixa de ferramentas de reparação de DNA”, mapear, em nível molecular, a forma como reparar as células danificadas, permitindo também preservar a informação genética. “O trabalho desenvolvido forneceu conhecimento fundamental sobre como funciona uma célula viva e pode ser usada, por exemplo, no desenvolvimento de novas terapias contra o câncer”, afirma o Comitê Nobel.
Prêmio
O DNA é diariamente danificado pelas radiações ultravioletas, por radicais livres (quando a molécula “atacada” perde o seu elétron, torna-se um radical livre, iniciando reação em cadeia) ou por outros agentes cancerígenos, segundo a nota do comitê. “No entanto, mesmo sem esses ataques externos, a molécula de DNA é intrinsicamente instável”, diz o comunicado, acrescentando que diariamente ocorrem milhares de alterações espontâneas num genoma celular. Cada vencedor receberá um terço do prêmio de 8 milhões de coroas suecas (950 mil dólares). (ABr)