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Economia Taxa básica de juros: saiba o que esperar a partir de agora com o novo aumento

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Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a Selic inalterada em 13,75% ao ano. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O processo de aperto monetário do Banco Central do Brasil (BCB) ganhou novo capítulo nesta semana, com a primeira decisão do Copom em 2022. A taxa que estava no patamar de 9,25% ao ano, subiu 1,5 ponto percentual (150 pontos-base) e passou à casa de dois dígitos, em 10,75%, segundo o consenso de mercado.

Dos 37 economistas consultados pela Bloomberg, 36 apostaram em aumento nessa magnitude, e apenas um esperava uma alta de 1,25 ponto percentual.

A confirmação desse prognóstico levou a taxa básica de juros ao maior patamar em quase cinco anos, desde abril de 2017, quando ela ficou em 12,25% ao ano.

“O BCB adotou uma postura hawkish não apenas pelo endurecimento do Fed no comitê do último dia 26 mas sobretudo pelas expectativas de IPCA, que voltaram a piorar nas últimas semanas, refletindo dados ruins de IPCA-15 e IGP-M divulgados na semana passada”, escreveram em relatório, economistas do time de Macro & Estratégia do BTG Pactual digital (BPAC11), liderados pelo economista-chefe Álvaro Frasson. Assinaram também o relatório Arthur Mota, Leonardo Paiva e Luiza Paparounis.

A mediana das expectativas para o IPCA ao fim de 2022, que consta do último Boletim Focus, aponta uma taxa de 5,38%, acima, portanto, do teto da meta de inflação, que é de 5,00% — o centro da meta está em 3,5% e há margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Há quatro semanas, a mediana das expectativas estava em 5,01%.

Para 2023, a mediana das expectativas no Focus passou de 3,41% há quatro semanas para 3,50%. O centro da meta de inflação para 2023 é de 3,25%.

“Preços das commodities em alta e níveis de estoques ainda baixos pelo avanço da ômicron também pesaram para a inflação esperada voltar a rodar acima do teto da meta”, escreveram os economistas.

Eles lembram que, no comunicado junto com a última decisão, em dezembro, o Copom trouxe a mensagem de que “irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.

A projeção da equipe do BTG Pactual digital é que a Selic chegue a 12,25% ao ano ao fim do atual ciclo de aperto monetário, com mais três altas contando a decisão desta semana.

Na avaliação dos economistas do BTG Pactual digital, bem como de boa parte do mercado — embora não de forma tão consensual –, apesar do esperado tom contracionista, o Copom deve retirar a referência a um aumento da taxa na mesma magnitude de 150 pontos-base para a reunião seguinte, em meados de março, o que deixaria alguma flexibilidade na mesa.

Com a nova taxa, será a primeira vez em um ano e meio que a taxa de juro real presente voltará a ficar positiva, dado que a inflação acumulada em 12 meses estava em 10,06% no fechamento de 2021.

A taxa de juro real futura, no entanto, está na casa de 6 pontos percentuais há algum tempo, dado que tanto a curva de juros como as projeções contidas no Boletim Focus apontam para uma Selic na casa de 11% a 12% em 12 meses, enquanto as estimativas para a inflação medida pelo IPCA no mesmo intervalo estão entre 5% e 6%.

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https://www.osul.com.br/nova-selic-saiba-o-que-esperar-a-partir-de-agora-com-o-novo-aumento/ Taxa básica de juros: saiba o que esperar a partir de agora com o novo aumento 2022-02-05
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