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Política Novo juiz da Lava-Jato reclama de falta de pessoal e prevê “colapso” na 13ª Vara de Justiça de Curitiba

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"Cumpri o meu dever na 13ª vara federal de Curitiba", declarou Appio. (Foto: Reprodução/Justiça Federal)

Eduardo Appio, juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), enviou um ofício ao corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, no qual relata que não tem condições de trabalho. Appio, que, entre outros processos, cuida (do que restou) da Operação Lava-Jato, alega falta de pessoal: em seu gabinete há apenas um auxiliar que, aliás, entrará de férias na semana que vem. Nos tempos de Sérgio Moro na mesma vara, eram seis.

O juiz quer mais três oficiais de gabinete. No ofício, relata que nos últimos meses os servidores de sua vara foram se aposentando ou sendo requisitados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre. E chega a prever um “colapso administrativo” na 13ª Vara se nada for feito.

Tacla Duran

Appio deu prazo de dez dias para o procurador da República Walter José Mathias Júnior se defender da acusação de parcialidade lançada pelo advogado Rodrigo Tacla Duran.

O advogado afirma que o procurador teria “amizade íntima” com o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que foi coordenador da força-tarefa no Paraná e a quem Tacla Duran atribui uma tentativa de extorsão. O deputado nega irregularidades e afirma que Tacla Duran é um “criminoso confesso”.

O advogado pediu o afastamento imediato do procurador de todos os processos e investigações que o atingem.

Tacla Duran entrou com a chamada “exceção de suspeição criminal”, instrumento usado para afastar alguma autoridade da causa quando há desconfiança de parcialidade. Esse recurso pode ser usado contra magistrados, membros do Ministério Público e até servidores auxiliares.

O advogado foi ouvido em uma audiência no mês passado e já havia dito que o procurador seria “amigo pessoal” de Dallagnol.

“Eu não sei o que o Ministério Público quer além de me perseguir, que é o que aconteceu aqui por anos. O que estava acontecendo não era um processo normal, era um bullying processual, onde me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países por uma simples questão de vingança, por eu não ter aceito ser extorquido”, afirmou.

Mathias Júnior, que também participou da audiência, negou prontamente a acusação. O procurador disse que “mal conhece” o deputado e pediu que o caso fosse tratado de “forma técnica” e desassociado de “questões políticas ou de pessoas que já passaram”.

“Falar de ex-colegas, colegas que atuaram antes de mim, para mim é nada, porque eu tenho a minha independência institucional, meu entendimento, a minha convicção. Eu mal os conheço. Deltan Dallagnol, as únicas vezes que eu conversei com ele foi por causa de condições particulares, pessoais, de nossos familiares, nada mais”, disse.

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