Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2020
O índice de desemprego nos Estados Unidos caiu em julho 10,2%, uma redução menor que a registrada no mês anterior, que foi de 11,1%, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (7) pelo Departamento de Trabalho do país.
No mês passado, segundo dados oficiais, foram criados 1,8 milhão de novos postos no país, número levemente maior do que a estimativa feita por especialistas, que era de 1,6 milhão.
Quase um terço dos novos empregos foi gerado no chamado setor de hospitalidade, que engloba hospedagem, serviços de alimentação e bebidas, planejamento de eventos, parques temáticos e transporte. Inclui hotéis, restaurantes e bares.
O salário médio nos Estados Unidos, por sua vez, teve ligeira alta e agora é de 29,39 dólares (o equivalente a 157 reais) por hora. O aumento neste mês foi de 0,07 dólares (R$ 0,37).
A participação da força de trabalho, ou seja, a proporção do número de habitantes que está empregada ou buscando emprego, caiu levemente para 61,4%, contra 61,5% no mês de junho.
Apesar da redução do índice de desemprego, ainda existem nos Estados Unidos 16,3 milhões de pessoas sem trabalho.
O dado foi divulgado dias depois do fim do prazo do subsídio adicional por desemprego aprovado em março pelo Congresso e promulgado pelo presidente americano, Donald Trump.
O auxílio, de 600 dólares (cerca de 3,2 mil reais), fez parte de um acordo entre democratas e republicanos para reduzir o impacto da pandemia da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, que resultou na aprovação de um pacote bilionário de auxílio.
Covid-19
Os EUA registraram nas últimas 24 horas mais de 2 mil mortos pela Covid-19, a pior cifra diária em três meses, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. O país, que enfrenta um aumento da disseminação do novo coronavírus desde junho, teve 2.060 óbitos contabilizados entre ontem à noite e esta quinta-feira, um recorde desde 7 de maio.
No total, os Estados Unidos acumulam 4,8 milhões de casos da Covid-19 e 159.990 mortes, à frente do Brasil, com 2,9 milhões de casos e mais de 98 mil mortes, e da Índia, com 1,9 milhão de casos e mais de 40 mil mortes.
Depois que alguns estados da Costa Leste norte-americana adotaram medidas de distanciamento rígidas e conseguiram conter a pandemia, a contaminação começou a crescer em estados do Sul e da Costa Oeste do país, que haviam retomado as atividades econômicas precocemente, em maio.
Criticado pela gestão da pandemia, o presidente Donald Trump, candidato à reeleição, vem perdendo pontos nas pesquisas para a eleição de 3 de novembro.