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Tecnologia O Facebook decide manter o vídeo em que Bolsonaro toma cloroquina

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Em postagem em suas redes sociais, Bolsonaro atribui a ausência de sintomas mais graves da doença ao uso da hidroxicloroquina. (Foto: Reprodução/Twitter)

Três meses depois de apagar um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro criticava o isolamento social e dizia a apoiadores que a “hidroxicloroquina está dando certo em tudo o que é lugar”, o Facebook decidiu manter no ar o vídeo viral em que o presidente toma um comprimido do medicamento e diz que “com toda certeza, está dando certo”.

À BBC News Brasil, um porta-voz da rede social informou na quarta-feira (8) que “o Facebook não vai remover a publicação”. Segundo a BBC, a avaliação interna é de que o presidente compartilha sua experiência pessoal com o medicamento e que uma eventual remoção poderia ser entendida como “censura”.

Também contou a favor da publicação o fato de Bolsonaro afirmar que “sabemos que nenhum (remédio) tem sua eficácia cientificamente comprovada”.

“Mas (sou) mais uma pessoa que está dando certo. Então, eu confio na hidroxicloroquina. E você?”, diz o presidente ao encerrar o vídeo.

Menos de 24 horas depois de sua publicação, o vídeo já era o terceiro mais visto na página de Jair Bolsonaro no Facebook em 2020, com 5 milhões de visualizações.

A postagem gerou críticas por supostamente estimular o consumo do remédio, que não tem eficácia comprovada e pode causar efeitos colaterais graves, como arritmia cardíaca. Desde junho, entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde), o FDA (equivalente à Anvisa nos EUA), a Sociedade Americana de Infectologia e o Instituto Nacional de Saúde Norte-Americano recomendam que os profissionais de saúde não usem cloroquina ou hidroxicloroquina em pacientes com a covid-19, exceto em pesquisas clínicas.

O vídeo foi publicado horas depois de o presidente anunciar, em entrevista no Palácio do Alvorada, que testou positivo para o novo coronavírus.

Mensagens de desinformação

Também na quarta-feira, o Facebook informou a suspensão de uma rede de contas na rede social que a empresa disse ter sido usada para espalhar mensagens políticas de desinformação por assessores do presidente Jair Bolsonaro e de dois de seus filhos.

Segundo a empresa, as contas estavam envolvidas com a criação de perfis falsos e com “comportamento inautêntico coordenado”. “Em cada um dos casos, as pessoas por trás da atividade coordenaram entre si e utilizaram contas falsas como parte central de suas operações para se ocultar, e é com base nessa violação de política que estamos agindo”, informou o Facebook.

Ainda segundo a empresa, “a maioria dessas redes que removemos hoje mirava audiências domésticas em seus próprios países e estava ligada a entidades comerciais e pessoas associadas a campanhas políticas ou gabinetes de políticos com mandato”.

Ainda que as pessoas por trás dessa atividade tentassem ocultar suas identidades e coordenação, nossa investigação encontrou ligações a pessoas associadas ao Partido Social Liberal (PSL) e a alguns dos funcionários nos gabinetes de Anderson Moraes, Alana Passos, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro”, informou a empresa.

Identificamos vários grupos com atividade conectada que utilizavam uma combinação de contas duplicadas e contas falsas – algumas das quais tinham sido detectadas e removidas por nossos sistemas automatizados – para evitar a aplicação de nossas políticas. A atividade incluiu a criação de pessoas fictícias fingindo ser repórteres, publicação de conteúdo e gerenciamento de Páginas fingindo ser veículos de notícias. Os conteúdos publicados eram sobre notícias e eventos locais, incluindo política e eleições, memes políticos, críticas à oposição política, organizações de mídia e jornalistas, e mais recentemente sobre a pandemia do coronavírus. Alguns conteúdos publicados por essa rede já tinham sido removidos por violação de nossos Padrões da Comunidade, incluindo por discurso de ódio”, diz o comunicado da companhia. As informações são da BBC News e do Facebook.

 

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https://www.osul.com.br/o-facebook-decide-manter-o-video-em-que-bolsonaro-toma-cloroquina/ O Facebook decide manter o vídeo em que Bolsonaro toma cloroquina 2020-07-09
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