Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 11 de abril de 2018
A renda do trabalhador brasileiro diminui entre 2016 e 2017. De acordo com a PNAD Contínua (Pesquisa Mensal por Amostra de Domicílios Contínua), publicada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o rendimento médio mensal real domiciliar per capita caiu 14 reais. Em 2017, o brasileiro recebia, em média, 1.271 reais contra 1.285 reais em 2016. As regiões Norte, com 810 reais, e a Nordeste, com 808 reais, apresentaram os menores valores. A Região Sul, por sua vez, teve o maior rendimento, com 1.567 reais.
Segundo a pesquisa, em 2017, os 10% da população com os maiores rendimentos detinham 43,3% da massa de rendimentos do País, enquanto a parcela dos 10% com os menores rendimentos detinha 0,7% desta massa.
As pessoas que faziam parte do 1% dos brasileiros maiores rendimentos recebiam, em média, 27.213 reais, em 2017. Esse valor é 36,1 vezes maior que o rendimento médio dos 50% da população com os menores salários, 754 reais. Na região Nordeste essa razão foi de foi 44,9 vezes e na região sul, 25 vezes.
Em 2017, as pessoas que tinham algum rendimento (de todas as fontes) recebiam, em média, 2.112 reais contra 2.124 reais em 2016.
Ainda em 2017, 13,7% dos domicílios brasileiros recebiam dinheiro referente ao Programa Bolsa Família, uma participação inferior à de 2016 (14,3%). As regiões Norte (25,8%) e Nordeste (28,4%) apresentaram os maiores percentuais. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Bolsa Família foi de 324 reais e naqueles que não recebiam foi de 1.489 reais.
Índice
O Índice de Gini dos rendimentos mede a desigualdade da sua distribuição, e seu valor varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima). Em 2017, o Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 0,549. Essas informações fazem parte da PNAD Contínua – Rendimento de Todas as Fontes.
No ano passado, o Brasil tinha 207,1 milhões de habitantes. Desse total, 124,6 milhões (60,2%) possuíam algum tipo de rendimento. A Região Sul (66%) teve o maior percentual de pessoas com algum rendimento, e a Norte (52,6%) e a Nordeste (56,5%) os menores.
As pessoas com rendimento somente de trabalhos correspondiam a 41,9% da população residente (86,8 milhões) em 2017, enquanto 24,1% (50 milhões) tinham algum rendimento de outras fontes. Em 2016, esses percentuais eram os seguintes: 42,4% dos residentes tinham rendimento apenas de trabalhos (87,1 milhões) e 24% possuíam rendimentos de outras fontes (49,3 milhões).
A Região Sul, em 2017, apresentou o maior percentual de pessoas com rendimento efetivamente recebido de todos os trabalhos (46,8%) e o segundo maior percentual com rendimento proveniente de outras fontes (25,9%). Por sua vez, o Nordeste tinha o menor percentual de pessoas com rendimento efetivamente recebido de todos os trabalhos (34,7%) e o maior percentual daquelas que recebiam de outras fontes (27,8%).
Rendimento de outras fontes
Entre os rendimentos de outras fontes, o mais frequente era a aposentadoria ou pensão (14,1%), seguido por outros rendimentos (7,5%), categoria que inclui seguro-desemprego, programas de transferência de renda, poupança, entre outros. Pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (2,4%) e aluguel e arrendamento (1,9%) estão na sequência.
O Nordeste tinha o maior percentual de pessoas com outros rendimentos (12,1%), e o Norte vinha a seguir (10,2%). No Norte, esse percentual superou o de quaisquer outras fontes diferentes do trabalho. Nas demais regiões, a categoria aposentadoria ou pensão foi a que registrou os maiores percentuais, com destaque para o Sul, que tinha 18,1% da população residente com esse tipo de rendimento, contra 17,3% em 2016.