O parlamento, dominado por políticos linha-dura, aprovou em dezembro um projeto que estabelece prazo de dois meses para o relaxamento das sanções.
O governo do presidente norte-americano Joe Biden está explorando maneiras de restaurar o acordo nuclear de 2015 que o Irã assinou com grandes potências mundiais, mas que foi abandonado em 2018 pelo ex-presidente Donald Trump, que restaurou sanções contra o país.
O Irã retaliou violando os termos do acordo, em uma resposta gradual. No mês passado, o país voltou a enriquecer urânio para 20% – nível que alcançava antes do acordo.
Biden disse que se Teerã voltar a cumprir estritamente o pacto, Washington seguirá o exemplo e usará isso como um trampolim para um acordo mais amplo que pode restringir o desenvolvimento de mísseis do Irã e suas atividades na região.
O governo iraniano insistiu que os EUA reduzam as sanções antes de retomar sua conformidade com o acordo nuclear e descartou negociações sobre questões de segurança mais amplas.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discutiu o Irã na sexta-feira em uma reunião virtual com secretários de Estado do Reino Unido, França e Alemanha, com o grupo ponderando sobre como reatar o acordo.
“Quanto mais a América procrastina, mais perderá… Parecerá que a administração de Biden não quer se livrar do legado fracassado de Trump”, disse Zarif na entrevista. “Não precisamos voltar para a mesa de negociações. É a América que tem que encontrar uma passagem para vir à mesa ”, acrescentou.
Na segunda-feira, Zarif sugeriu uma maneira de resolver um impasse atual sobre qual lado deveria se mover primeiro, ao afirmar que as ações poderiam ser sincronizadas.