Sexta-feira, 14 de junho de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
18°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui


Brasil O ministro do Meio Ambiente bateu boca e saiu escoltado de uma audiência na Câmara dos Deputados

Compartilhe esta notícia:

O ministro perdeu a paciência e mostrou irritação após o deputado Nilto Tatto (PT-SP) comparar a atuação dele com a dos bandeirantes. (Foto: Gilberto Soares/MMA)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixou a audiência pública na Comissão de Integração Regional e Desenvolvimento Regional da Amazônia, na Câmara dos Deputados, escoltado por seguranças após bate-boca com parlamentares da oposição. A visita de Salles, nesta quarta-feira (7), ao Congresso, ocorre depois da polêmica demissão de Ricardo Galvão da diretoria do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Galvão foi exonerado após rebater críticas do presidente Jair Bolsonaro sobre a divulgação dos dados sobre desmatamento na Amazônia.

Durante a audiência, Salles foi criticado por substituir Galvão pelo militar Darcton Policarpo Damião, e pela suposta proximidade com madeireiros e muralistas, que têm interesse na exploração da floresta e dos territórios indígenas na região. O ministro perdeu a paciência e mostrou irritação após o deputado Nilto Tatto (PT-SP) comparar a atuação dele com a dos bandeirantes, que caçavam índios e exploravam as riquezas naturais no país no período colonial.

Tatto disse, ainda, que Salles era “o melhor ministro da Agricultura no ministério do Meio Ambiente” e o comparou a um “office boy” dos interesses do agronegócio. “O senhor é o office boy desse modelo de desenvolvimento que quer destruir os recursos naturais e comprometer a vida no futuro. O senhor só Não se parece fisicamente com Borba Gato, Fernão Dias e Domingos Jorge Velho, mas a ação é o novo bandeirantismo. Vai lá cooptar, matar (…)”, disse o deputado.

Ricardo Salles reagiu usando o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, para rebater a crítica. “Não sou office boy coisa nenhuma. Quem deve saber muito bem de matar gente em razão de coisas é o pessoal que está envolvido no assunto do Celso Daniel. Não admito que o senhor me trate desse jeito”, afirmou. Diante do forte e temperamental discurso das duas partes, o presidente da comissão, Átila Lins (PP-AM), encerrou a audiência. O ministro deixou a Câmara escoltado por seguranças.

Avisos de operação

Tatto também questionou o ministro sobre o suposto anúncio prévio de operações de fiscalização contra desmatamento no site do ministério, medida que colocaria em risco o sucesso das ações.

Salles disse que não houve aviso prévio de ações de fiscalização por parte do ministério e do Ibama. “Se o senhor verificar a informação que consta, vai ver que a informação que foi colocada era de operação que já estava em curso.”

Em maio, porém, uma nota do Ibama sobre desmatamento na Amazônia, divulgada no site do órgão, anunciava onde seriam realizadas as próximas ações de fiscalização.

“Estão planejadas operações de fiscalização contra o desmatamento ilegal nas áreas críticas da Amazônia, que incluem Terras Indígenas e Unidades de Conservação no sudoeste do Pará, região que abriga a Floresta Nacional do Jamanxim”, afirmou o Ibama no texto. O anúncio foge ao padrão do órgão que preza pelo sigilo dos alvos de operações.

Desde março, o Ibama foi proibido pelo Ministério do Meio Ambiente de responder diretamente aos questionamentos imprensa.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Na Câmara dos Deputados, o ministro do Meio Ambiente foi chamado de office boy do desmatamento
Eduardo Bolsonaro começa “beija-mão” a senadores em busca da sua aprovação para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos
https://www.osul.com.br/o-ministro-do-meio-ambiente-bateu-boca-e-saiu-escoltado-de-uma-audiencia-na-camara-dos-deputados/ O ministro do Meio Ambiente bateu boca e saiu escoltado de uma audiência na Câmara dos Deputados 2019-08-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar