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Economia O preço do óleo diesel passará a apresentar reajustes quinzenais

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Estratégia envolveria prioridade do fornecimento do combustível a serviços essenciais. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Em meio a uma nova onda de insatisfação dos caminhoneiros, a Petrobras anunciou nesta terça-feira (26) mudanças em sua política de preços para o diesel, que passará a ter reajustes em um prazo mínimo de 15 dias. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A companhia anunciou ainda estudos para a implantação de um cartão de pagamentos – batizado de Cartão Caminhoneiro – para a compra do combustível a preço fixo em postos da BR Distribuidora, como proteção contra a volatilidade de preços.

A mudança na periodicidade dos reajustes foi aprovada pela diretoria da estatal em reunião na segunda-feira (25). Diferentemente do que aconteceu em outras ocasiões semelhantes, não há previsão de entrevista para detalhar a medida.

Em comunicado ao mercado, a Petrobras afirmou que manterá a política de acompanhamento das cotações internacionais, mas que os reajustes se darão em “períodos não inferiores a 15 dias”.

No texto, a estatal não explica as razões para a mudança, que pegou de surpresa o mercado. A companhia disse mais tarde que o objetivo é “conferir aos clientes maior previsibilidade à trajetória de preços”.

É a segunda mudança na periodicidade dos preços desde que a política de reajustes diários foi estabelecida, em 2017, e bastante criticado em 2018, quando a escalada de preços levou à greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.

No texto, a estatal não explica as razões para a mudança, que pegou de surpresa o mercado. É a segunda mudança na periodicidade dos preços desde que a política de reajustes diários foi estabelecida, em 2017.

O modelo de reajustes diários foi bastante criticado em 2018, quando os preços dos combustíveis dispararam, em um processo que culminou com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.

Após o fim do programa de subvenção criado para encerrar a greve, no final de 2018, o preço do combustível voltou a subir. Até agora, a alta acumulada em 2019 é de 18,5%.

Apoiador da greve dos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro disse há uma semana no Twitter que buscava uma solução para o problema.

“Sabemos que uma das principais reclamações do brasileiro é o preço dos combustíveis e temos conversado com os ministérios responsáveis para absorver tal demanda e até poder diversificar”, afirmou o presidente, que vem criticando também a carga tributária sobre os combustíveis.

Nas bombas, porém, o repasse ainda é pequeno, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Em média, litro do diesel no país foi vendido a R$ 3,540 na semana passada, apenas 2,5% acima do verificado na última semana de 2018.

A política de reajustes diários foi implantada em julho de 2017 pelo então presidente da Petrobras Pedro Parente. Com a escalada dos preços internacionais no primeiro semestre de 2018, passou a ser atacada inclusive por aliados do governo.

Em maio, após pedido de renúncia de Parente, o governo Temer lançou um programa de subvenção aos preços, que garantia ressarcimento a empresas que se dispusessem a vender o combustível a um valor tabelado pela ANP.

O programa foi encerrado em dezembro. Até agora, a ANP já pagou R$ 6,7 bilhões em ressarcimentos com recursos do Tesouro Nacional – o valor deve superar os R$ 7 bilhões.

Com o fim do programa, a Petrobras decidiu segurar reajustes do diesel, como já vinha fazendo com a gasolina desde outubro de 2018. A empresa alega que pode usar mecanismos de proteção financeira – conhecidos como hedge – para evitar prejuízos.

“A medida concilia os interesses da companhia, uma vez que o princípio da paridade de preços internacionais está mantida, e as demandas dos consumidores por menor volatilidade no curto prazo”, disse a estatal.

Na nota enviada ao mercado, a estatal também não explicou como funcionará o Cartão Caminhoneiro. Disse a penas o modelo será implantada em até 90 dias.

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