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Mundo O primeiro-ministro da Espanha pediu que a Catalunha desista da independência

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"A resposta do presidente catalão determinará futuras decisões, nos próximos dias", disse o premiê. (Foto: Diego Crespo/Pool Moncloa)

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, exigiu nesta quinta-feira (5) ao presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, que renuncie à declaração unilateral de independência para evitar “males maiores” e declarou que “sabe perfeitamente o que vai fazer” diante de qualquer cenário e o fará no momento oportuno.

Rajoy fez esta exigência a Puigdemont em uma entrevista ao presidente da agência de notícias Efe, José Antonio Vera, na qual se mostrou “absolutamente” convencido de que a Espanha pode voltar à normalidade e na qual pediu aos cidadãos que confiem no governo.

No dia 1° de outubro a Catalunha realizou uma consulta independentista apesar de ter sido suspensa pelo Tribunal Constitucional e à qual as autoridades regionais insistem em dar validade, com a hipótese de formular uma declaração unilateral de independência em breve. Para Mariano Rajoy, a melhor solução para a situação na Catalunha é a volta à legalidade de todos os que estão fora dela.

“Isso passa por suprimir o projeto de fazer uma declaração unilateral de independência e por cumprir, como fazem todos os cidadãos, os preceitos legais. Isso é o que pode evitar que se produzam doenças maiores no futuro e isso é o que está pedindo toda a sociedade”, ressaltou Rajoy.

O premiê garantiu que não vai permitir “de nenhuma maneira” a independência da Catalunha, mas não revelou as medidas previstas em caso de uma declaração unilateral e sobre as quais apontou que “há opiniões para todos os gostos”.

“O governo sabe perfeitamente o que vai fazer em qualquer dos cenários, como vai fazer e quando vai fazer, porque é a nossa obrigação. O governo sabe como lidar com esta situação”, declarou Rajoy antes de pedir tranquilidade e confiança em sua gestão. Rajoy lembrou ainda a recente crise econômica na Espanha para reiterar que muitos lhe cobravam para pedir o resgate financeiro do país a instituições internacionais.

“Naquele momento fiz o que achava que deveria fazer, e agora, porque é a minha obrigação e porque, para isso, sou o presidente do governo da Espanha. Farei o que acredito que devo fazer, o que acredito que seja melhor para a Espanha e no momento que me parecer mais oportuno”, destacou.

“Escutarei todos, mas a decisão cabe a mim. Sei que não é fácil, mas também me coube na época tomar outra decisão que tampouco era”, disse. Rajoy insistiu que uma melhor solução do que recorrer a aplicar o artigo 155 da Constituição – que permite ao governo central agir quando dirigentes regionais atuarem de modo contrário a essa norma – é o governo catalão voltar à legalidade e não fazer uma declaração unilateral de independência.

Diante das vozes que advertem que pode ser tarde aplicar esse artigo se for declarada a independência, ele afirmou: “Tarde não vamos a chegar a nenhuma parte, porque não vai acontecer a independência da Catalunha”. “Espero que no governo acertemos. Acredito que vamos, e espero ter o apoio do partido do senhor Rivera [o liberal Ciudadanos], do PSOE [de esquerda], de outras forças políticas e do conjunto da sociedade espanhola”, acrescentou.

Em relação aos pedidos para que alguém possa intermediar para consertar a situação, Rajoy apontou que “a unidade da Espanha não é alvo de nenhuma mediação, nem de nenhuma negociação” e que não se trata de um problema de mediação, mas de cumprir a lei.

“A partir daí já viveríamos em uma situação de normalidade. Poderíamos falar, poderíamos dialogar, poderíamos fazer acordo, no Parlamento ou fora do Parlamento”, afirmou. Rajoy acredita que isso geraria uma situação diferente, mas ao ser perguntado se estaria disposto então a dialogar com Puigdemont, ele frisou que o primeiro diálogo que deveria envolver o presidente catalão é com os deputados do Parlamento regional e com os catalães “aos quais dividiu”.

O chefe do governo espanhol defendeu a “magnífica” intervenção do rei Felipe VI no discurso que fez na terça-feira sobre o tema, ressaltou que fez “o que se espera de um chefe do Estado” e disse “coisas muito sensatas” com as quais a maioria dos espanhóis se sentiu reconfortada.

Rajoy classificou como “exemplar” a atuação das forças de segurança nacionais no dia do referendo e acredita que agiram “com rigor e profissionalismo” frente aos assédios “e provocações” que tiveram que sofrer. Dizendo-se orgulhoso de todos os integrantes das forças, Rajoy lembrou que deu ordem para que nenhum deles deixasse os lugares onde estão hospedados na Catalunha, porque é “vergonhoso e intolerável” que isso ocorra pela pressão existente. Rajoy também lamentou o dano à imagem dos Mossos d’Esquadra (polícia regional catalã) provocado por quem, segundo ele “iniciou toda esta operação e os que depois pretenderam utilizá-los”.

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https://www.osul.com.br/o-primeiro-ministro-da-espanha-pediu-que-a-catalunha-desista-da-independencia/ O primeiro-ministro da Espanha pediu que a Catalunha desista da independência 2017-10-05
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