Terça-feira, 12 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de dezembro de 2020
O WhatsApp é o aplicativo mais popular entre os internautas brasileiros, segundo estudo feito pelo site Mobile Time em parceria com a Opinion Box. De acordo com a pesquisa, o app de mensagens pertencente ao Facebook é o que consome mais tempo do dia a dia das pessoas, além de ser o que mais abrimos ao longo de 24 horas.
O levantamento feito pelo site posicionou a seguinte pergunta: “Qual é o aplicativo que você abre mais vezes ao longo do dia?”. As três primeiras posições do ranking foram ocupadas por plataformas de Mark Zuckerberg, com o WhatsApp em um espaçoso primeiro lugar (54%), seguido pelo Instagram (14%) e o app oficial do Facebook (11%). Essa mesma ordem se repete na posição dos apps na tela principal do smartphone: o WhatsApp está na primeira página de 56% dos celulares, seguido do Instagram com 45% e o Facebook com 43%.
No mesmo critério, a pergunta “Qual é o aplicativo que você passa mais tempo vendo ao longo do dia?”, o WhatsApp manteve a liderança, embora aqui o posicionamento tenha sido um pouco mais acirrado: o percentual atingido pelo app de mensagens foi de 29%, contra 24% do Instagram e 20% do Facebook. YouTube e Netflix também foram citados pelos respondentes, e até mesmo o jogo “Free Fire” apareceu na lista.
O levantamento conduziu entrevistas com 2.003 brasileiros, entre os dias 6 e 23 de novembro de 2020. Para atender aos parâmetros estabelecidos pela pesquisa, os respondentes deveriam obrigatoriamente ter acesso à internet e pelo menos um smartphone.
Na mira da justiça dos EUA
Enquanto no Brasil o WhatsApp é reconhecido como o app mais popular, nos Estados Unidos a coisa vem tomando rumos bem acalorados de discussão. No começo do mês, uma coalizão formada por legisladores de 48 estados dos EUA abriu um processo contra o Facebook, alegando que a empresa usa de práticas anticompetitivas para obter vantagens injustas no mercado. Paralelamente, a Federal Trade Comission (FTC) abriu um processo similar, acusando a rede social de Mark Zuckerberg de monopólio.
Em ambos os casos, os processos tratam especificamente de aquisições conduzidas pelo Facebook ao longo da última década, com foco especial no WhatsApp – comprado pela empresa em 2014 por US$ 19 bilhões (R$ 97,52 bilhões, na conversão direta) –, e o Instagram, que foi adquirido em 2012 por US$ 1 bilhão (R$ 5,13 bilhões).
Em seu processo, a comissão acusa o Facebook de “jogar na defesa por meios anticompetitivos” após “derrubar” o rival MySpace. “Depois de identificar duas ameaças competitivas significativas à sua posição dominante – Instagram e WhatsApp –, o Facebook passou a reprimir essas ameaças comprando as empresas”, disse a agência, que ainda faz referência a um e-mail de 2008, enviado pelo próprio CEO, Mark Zuckerberg, onde ele afirmava ser “melhor comprar do que competir”.
Uma das possibilidades – o pior cenário para o Facebook, no caso – é que o governo estadunidense force a empresa a se desfazer do WhatsApp e do Instagram, vendendo as operações e tornando-as mais independentes do que são atualmente.
Ainda não se sabe do andamento de ambos os processos, mas a julgar pelo tamanho das ações movidas, é seguro dizer que esse assunto ainda deve levar muito tempo até ver seu fim.