Domingo, 05 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 29 de junho de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Ao contrário do que aponta o “fogo amigo” que o ministro Onyx Lorenzoni tem recebido, ele saiu fortalecido com a nova configuração que o presidente Jair Bolsonaro anunciou para a Casa Civil. Onyx deixou a desgastante coordenação política, embora continue colaborando pontualmente em alguns casos, mas ganhou a gestão do bilionário PPI (Programa de Parcerias e Investimentos), que saiu da Secretaria de Governo.
Programa gerido por Onyx terá R$ 1,6 trilhão
Agora, Onyx Lorenzoni é responsável pela gestão de um programa que vai gerir 105 projetos, com valor estimado de investimentos, em torno de R$ 1,6 trilhão. O PPI vai cuidar do setor de ferrovias, rodovias, portos, aeroportos e energia. Estão na lista a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, a Lotex (loterias da Caixa) e a Casa da Moeda, dentre outros. O PPI é tão atraente,que agora o MDB faz pressão pela queda de Onyx, para que o senador Eduardo Gomes, do Tocantins, seja colocado na Casa Civil para tocar o programa.
Casa Civil tem de “governar o governo”
O antecessor de Onyx Lorenzoni na Casa Civil, o também gaúcho Eliseu Padilha, do MDB, costumava dizer que a missão da Casa Civil é “governar o governo”. Para cumprir esta missão, e cuidar da gestão,Padilha convenceu o então presidente Michel Temer a delegar a coordenação politica para o deputado Carlos Marum.
Privatizações na pauta
O líder do governo na Assembleia gaúcha, Frederico Antunes (PP) já conversa com lideres para garantir a votação, na próxima terça-feira, dos projetos de privatizações da CRM, Sulgás e CEEE. Com o agravamento da crise financeira, o governador Eduardo Leite (PSDB), tem dito que as privatizações selarão “o destino do Estado”.
Próxima pauta: a votação da LDO
Ultrapassada a pauta das privatizações, o governo quer aprovar na Assembleia a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2020. A maior dificuldade está no item onde consta a vedação para reajustes salariais com efeitos retroativos, e restrição de despesas com horas extras para os servidores, autorizadas apenas para áreas essenciais ou em situações de emergência. O déficit apontado pela LDO para o ano que vem é de R$ 4,3 bilhões.
Os números da LDO
Os números da LDO que tramita na Assembleia Legislativa são bastante claros. São previstos R$ 62,1 bilhões de receita e R$ 66,4 bilhões de despesas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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