Quarta-feira, 02 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2024
Edmundo González era alvo de um mandado de prisão pedido pelo Ministério Público venezuelano.
Foto: ReproduçãoEdmundo González, candidato da oposição que concorreu contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho, deixou o país no sábado (7) rumo à Espanha após solicitar asilo político. González era alvo de um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana.
A informação da vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, foi confirmada pelo Ministério dos Relações Exteriores do país europeu na madrugada deste domingo (8).
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, González embarcou em um voo da Força Aérea espanhola.
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse que González deixou o país com o aval do governo venezuelano. Segundo ela, “após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país.”
Rodríguez destacou que “essa ação reafirma o respeito à lei que tem prevalecido nas medidas adotadas pela República Bolivariana.”
De acordo com a vice-presidente, o candidato estava “há vários dias” refugiado na embaixada da Espanha em Caracas, capital da Venezuela, e havia solicitado asilo político por ser alvo de um mandado de prisão. Em 2 de setembro, a Justiça venezuelana acatou um pedido do Ministério Público e emitiu a ordem de prisão contra González.
Eleições na Venezuela
Edmundo González foi o candidato da oposição na eleição presidencial. O grupo garante que ele venceu o pleito com ampla vantagem com base nas atas impressas pelas urnas eletrônicas. No entanto, as autoridades eleitorais anunciaram Nicolás Maduro como presidente reeleito.
A oposição publicou cerca de 80% das atas eleitorais em um site, o que comprovaria a vitória de González. A ONU apontou que os documentos são verdadeiros. Por outro lado, o Ministério Público disse que as atas são falsas e pediu a prisão de González.
Temendo ser preso pelo regime Maduro, González estava escondido há mais de um mês e era considerado foragido. Em uma carta enviada ao Ministério Público ele afirmou que não ia se apresentar, pois considera que o processo contra ele não tem fundamento legal.