Sábado, 07 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os argentinos irão às urnas em 2º turno, dia 22 deste mês, para escolher o sucessor da presidente Cristina Kirchner entre o candidato governista Daniel Scioli e o oposicionista Maurício Macri.
Os desafios são pesados: inflação, pobreza, escassez de reservas, distorções no câmbio e estagnação. A repórter Gabriela Grosskopf Antunes, do jornal Clarin, de Buenos Aires, descreve:
“A falta de números oficiais faz da Argentina um paciente sem diagnóstico. Enquanto as consultorias econômicas argumentam que a inflação é quase o dobro do sugerido pelo governo, o nível de pobreza deixou de ser medido oficialmente. O governo é acusado de não fornecer ou mascarar os dados oficiais. O setor privado se queixa da falta de dólares e o esquema cambial do país é tão complexo que as cotações para o dólar para diferentes operações diferem totalmente dos valores oficiais.”
O economista Fausto Spotorno, da consultoria O.F.&Associados, analisa: “O legado deixado pelo governo é bastante pesado. A economia acumula quatro anos de estagnação e sem geração de novos empregos no setor privado. A esse contexto deve-se somar uma inflação que, mesmo suprimida, é da ordem de 28 por cento”.
Misturando populismo com autoritarismo e personalismo, Cristina levou a Argentina a um beco de difícil saída. A sociedade, porém, chega à conclusão de que as dificuldades econômicas que não se solucionam com discursos em tom agudo. O país, outrora rico, teve seu patrimônio surrupiado e merece um governo que encare com seriedade seus problemas, maquiando os números.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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