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Economia Pessoas com ordem de prisão estavam na fila para receber o auxílio emergencial

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Wagner Rosário também falou, entre outros temas, sobre o trabalho da CGU, o combate à corrupção, acordos de leniência e a CPI da Covid. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse nesta terça-feira (09) que o órgão identificou, entre as fraudes do auxílio emergencial, pessoas com ordem de prisão que estavam na fila para receber o benefício.

“Já deflagramos sete operações diretas, com outros órgãos de defesa do Estado, Polícia Federal, Ministério Público, e mais cinco relatórios de inteligência produzidos pela CGU serviram de base para outros trabalhos, que nós não participamos completamente, mas participamos com informação de inteligência para que esses trabalhos acontecessem, inclusive trabalhos que vêm identificando pessoas que estão com mandado de prisão em aberto e estão solicitando o benefício”, disse Rosário, durante reunião ministerial no Palácio da Alvorada.

No fim de maio, a CGU já havia informado que havia flagrado ao menos 160 mil fraudes, inclusive sócios de empresas com funcionários, donos de embarcações e pessoas com domicílio fora do Brasil na lista para receber o auxílio. Segundo reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo, 11 dos 22 criminosos mais procurados do país chegaram a figurar na lista de beneficiários.

Questionada pelo Globo após a fala do ministro, a CGU afirmou que o total de pessoas com ordem de prisão na lista de cadastrados para receber o auxílio ainda não foi compilado. A pasta informou ainda que não é possível saber se os pedidos foram feitos pelos próprios foragidos ou terceiros que usaram seus CPFs.

“Os cruzamentos não conseguem especificar quem fez a solicitação e sim se o CPF do foragido ou terceiro consta como requerente. Também não é possível afirmar que o recurso foi efetivamente sacado/pago. De qualquer forma, as inconsistências detectadas são encaminhadas ao Ministério da Cidadania para análise e, caso se confirme a fraude, realizar a suspensão do benefício e cobrança de parcelas pagas indevidamente”, destacou a CGU, em nota.

Fraudes chegaram a 206 mil

Nesta terça, Rosário afirmou que o número de fraudes chegou a 206 mil. O ministro disse, no entanto, que, em uma segunda contagem, a quantidade de fraudadores caiu para 30 mil. Ou seja, 176 mil beneficiários irregulares teriam sido excluídos do programa.

“Na primeira vez, identificamos 206 mil casos. Já na segunda rodada, já caiu para 30 mil, demonstrando que muitas das irregularidades estão sendo sanadas durante o pagamento”, disse o ministro.

O auxílio emergencial foi criado em abril e é voltado para trabalhadores informais e autônomos com renda familiar de até R$ 3.135. Pessoas com emprego formal ou servidores públicos não podem receber o benefício.

Além do balanço da CGU, o Tribunal de Contas da União (TCU) já identificou indícios de fraudes no programa. De acordo com a Corte, há risco de que 8,1 milhões de pessoas tenham se cadastro para receber o benefício de forma irregular. Ao mesmo tempo, cerca de 2 milhões que deveriam ter acesso à ajuda não conseguiram receber, de acordo com estimativa preliminar do órgão.

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https://www.osul.com.br/pessoas-com-ordem-de-prisao-estavam-na-fila-para-receber-o-auxilio-emergencial/ Pessoas com ordem de prisão estavam na fila para receber o auxílio emergencial 2020-06-09
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