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Polícia Polícia Federal e Receita Estadual combatem o contrabando de grãos por meio de portos clandestinos no RS

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A associação criminosa movimentou mais de R$ 209 milhões com empresas de fachada para lavagem de dinheiro

Foto: PF/Divulgação
A associação criminosa movimentou mais de R$ 209 milhões com empresas de fachada para lavagem de dinheiro. (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) e a Receita Estadual deflagraram, na manhã desta terça-feira (24), a fase ostensiva da Operação Tebas, que visa desarticular uma associação criminosa responsável por um esquema milionário de contrabando de grãos, especialmente soja e milho, trazidos da Argentina para o Brasil por meio de portos clandestinos localizados às margens do rio Uruguai.

Participaram da ação 54 policiais federais e 14 auditores fiscais da Receita. Os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Crissiumal (RS), Tiradentes do Sul (RS) e Curitiba (PR). Uma pessoa foi presa por posse ilegal de arma de fogo.

Também foram executadas medidas de bloqueio de contas bancárias vinculadas a pessoas físicas e jurídicas, com valores que totalizam mais de R$ 80 milhões, bem como o sequestro e o arresto de dezenas de automóveis e imóveis, além da indisponibilidade de criptoativos.

As investigações, que iniciaram em 2021, miram uma associação criminosa dedicada ao contrabando de grãos e lavagem de capitais com a criação de dezenas de empresas de fachada, as quais eram utilizadas para emissão de notas fiscais inidôneas como mecanismo para conferir ares de legalidade às mercadorias trazidas de forma ilegal no território brasileiro. Amparada por essa documentação fraudulenta, a carga era transportada dos portos clandestinos às empresas destinatárias, que, posteriormente, faziam sua distribuição pelo Estado.

“Há indícios de que esse consórcio criminoso foi responsável pela emissão de notas fiscais com valor superior a R$ 209 milhões”, informou a PF.

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