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Política Polícia Federal indicia líder do governo Bolsonaro por ações de quando era ministro de Dilma

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O senador Fernando Bezerra Coelho se tornou líder do governo de Bolsonaro em fevereiro de 2019. (Foto: Agência Brasil)

A PF (Polícia Federal) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o indiciamento do líder do governo Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), por uma série de crimes, entre eles de receber propina de 10 milhões de reais, na época em que foi ministro da Integração Nacional durante a gestão Dilma Rousseff entre os anos de 2012 e 2014.

O senador foi indiciado pelos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e caixa 2 de campanha. No documento encaminhado à corte, a PF também pede que o Supremo determine um bloqueio de 20 milhões de reais das contas de Bezerra Coelho.

No relatório final das investigações, a delegada Andrea Pinho Albuquerque da Cunha cita que vantagens indevidas foram pagas ao então ministro, na época responsável por obras de grande relevo em Pernambuco como a transposição do Rio São Francisco, por empresas interessadas nos contratos.

As apurações tiveram como base delações premiadas e outros elementos de prova colhidos, conforme o relatório de 300 páginas.

A partir dessas conclusões da PF, caberá à Procuradoria-Geral da República decidir se oferece denúncia contra Bezerra e outros envolvidos nas investigações.

Em nota, a defesa do senador disse que o relatório final “não passa de opinião isolada de seu subscritor, que, inclusive, se arvora em atribuições que sequer lhe pertencem, sem qualquer força jurídica vinculante”.

“Essa investigação, nascida das palavras falsas de um criminoso confesso, é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas”, afirmaram os advogados André Callegari e Ariel Weber, representantes do senador.

O senador se tornou líder do governo de Bolsonaro em fevereiro de 2019, logo no início da gestão, e é um dos integrantes da tropa de choque governista na CPI da Covid, da qual é titular.

No relatório final do inquérito, a PF diz “haver provas suficientes da materialidade de diversas práticas criminosas nos eventos investigados neste inquérito, notadamente com relação à prática dos delitos de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade ideológica e omissão de prestação de contas”.

Segundo os investigadores, “restou demonstrado que Fernando Bezerra de Souza Coelho e Fernando Bezerra de Souza Coelho Filho receberam direta e indiretamente R$ 10.443.900,00 pagos pelas empreiteiras OAS, Barbosa Mello e Constremac/Mendes Junior entre os anos de 2012 a 2014”.

“Ocorre que tais vantagens são indevidas eis que realizadas em contrapartida à execução de obras atreladas ao Ministério da Integração Nacional, à época em que o primeiro estava à frente do órgão”, prossegue o relatório.

Em nota, a Construtora Barbosa Mello informou que executou, em consórcio com OAS, Coesa e Galvão, obras de transposição do Rio São Francisco com participação minoritária e sem gestão no consórcio.

“A Barbosa Mello informa que nenhum de seus acionistas ou diretores foi alvo da Operação Turbulência da Polícia Federal e reafirma que nunca praticou ou compactuou com práticas ilícitas e segue à disposição das autoridades, reiterando seu compromisso com os mais elevados padrões de integridade e ética”, acrescentou a empresa. As informações são da agência de notícias Reuters e do portal de notícias G1.

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