Por Carlos Roberto Schwartsmann | 22 de julho de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O horário de verão (Daylight saving time) é adotado em 154 Países do mundo.
No verão, os dias são mais longos e o objetivo principal para aqueles que adotam esta estratégia é adiantar horas no relógio para economizar energia nos chamados horários de pico, principalmente das 18:00 as 21:00.
Assim seria melhor o aproveitamento da luz solar natural.
Cita a história que o primeiro mandatário a perceber isto foi Benjamin Franklin em 1784.
Como não havia ainda energia elétrica, o consumo de cera de vela para iluminar a noite, cairia drasticamente e geraria uma economia milionária.
No Brasil este tipo de horário foi adotado pela primeira vez por Getúlio Vargas em 1931. O horário de verão durou meio ano! Isto ainda ocorre em alguns países nos dias de hoje!
Em 2006, David Prerau, PHD pelo Instituo de Tecnologia de Massachusetts, publicou um “Best Seller” a respeito do assunto intitulado “Aproveite a luz do dia” (Seize the daylight).
No livro defende a extensão do uso da iluminação natural. Seus principais argumentos pela adoção deste horário é que, além da grande economia energética, haveria redução do número de mortes por acidentes de transito e redução de assaltos e crimes.
Os países junto a linha do equador não necessitam adiantar os relógios, pois recebem grande quantidade de luz o ano inteiro. Os dias e as noites têm a mesma duração durante as 4 estações. Os melhores exemplos deste fenômeno ocorrem nas capitais do norte do Brasil: Belém e Macapá.
Obviamente, isso não acontece em todo Brasil, pois ele é muito vasto e comprido.
Entretanto, para nós no Sul do País, as diferenças na luz do dia são muito grandes. Porto Alegre fica a 4.287 quilômetros da linha do equador. No verão amanhece cedo e anoitece tarde. Adiantar o relógio é reequilibrar o tempo!
Além da economia de energia, existe outro aspecto que deve ser muito considerado e que não envolve cifras: o horário de verão oferece um período extra de lazer com a presença do sol. O dia não acaba quando termina o trabalho!!
Ele oferece, opcionalmente, mais diálogo familiar, mais contato social, mais atividades esportivas ao ar livre. É possível cuidar do jardim, passear pela praça, andar de bicicleta.
Namorar mais!! Jantar ao anoitecer é um hábito charmoso adotado secularmente pelo primeiro mundo.
Sr. Presidente, nós que sofremos tanto com esta pandemia poderíamos ser recompensados pelo menos, por uma hora a mais por dia.
O equilíbrio da balança entre o trabalho e o lazer é o que dá motivação a vida!
Por favor Sr. Presidente, nos proporcione novamente o horário de verão!!
Não nos decepcione!!
Prof. Dr. Carlos Roberto Schwartsmann – médico e professor
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Carlos Roberto Schwartsmann
