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Brasil Presidente da Câmara dos Deputados dava a palavra final em indicações para diretoria da Petrobras, diz novo delator

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Cunha foi citado por um delator da Lava-Jato pela segunda vez. Júlio Camargo disse que foi pressionado pelo presidente da Câmara a pagar 10 milhões de dólares em propinas para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. (Foto: André Coelho/AG)

O ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Vaz da Costa Musa fechou delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal) na Operação Lava-Jato. Ele afirmou aos procuradores que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem ligação com o esquema de corrupção na estatal e que era dele a palavra final nas indicações políticas para cargos na Área Internacional da estatal petrolífera.

“João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava palavra final era o deputado Eduardo Cunha do PMDB-RJ”, diz trecho da delação de Musa.

É a segunda vez que Cunha é citado por um delator da Lava-Jato. Em julho, o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo disse, em depoimento à Justiça Federal, em Curitiba (PR), que foi pressionado pelo presidente da Câmara a pagar 10 milhões de dólares em propinas para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.

Defesa
Por meio da assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados, Cunha afirmou que não conhece o delator. O advogado Antonio Fernando de Souza, responsável pela defesa do deputado, só se manifestará sobre a acusação após tomar conhecimento do teor da delação.

Henriques é apontado pela PF (Polícia Federal) e pelo MPF como um operador ligado ao PMDB no esquema de fraudes, corrupção e desvio de recursos da Petrobras.
Ele foi preso na 19 fase da Operação Lava-Jato, deflagrada na segunda-feira, e é tido como o maior operador da área Internacional da estatal descoberto pelas investigações. O PMDB negou qualquer envolvimento com Henriques.

A delação de Musa foi homologada no dia 10 deste mês pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava-Jato em primeira instância. Os termos da colaboração foram anexados ao sistema judiciário na terça-feira.

Conforme informado pelo MPF, Musa se comprometeu a depositar em conta judicial 4,5 milhões de reais, além do repatriamento de 3,2 milhões de reais. Musa é um dos réus da ação penal oriunda da 15 fase da Lava-Jato, que também prendeu o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, em junho deste ano. Ele responde pelo crime de corrupção passiva em liberdade. (AG)

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