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Política PT encaminha pedido ao Supremo para impedir nomeação de Eduardo Bolsonaro em governos estaduais ou municipais

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Licença de Eduardo na Câmara expirou no último domingo

Foto: Pedro França/Agência Senado
Licença de Eduardo na Câmara expirou no último domingo. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para impedir que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja nomeado para cargos comissionados em governos estaduais ou municípios. O pedido foi protocolado dentro do inquérito que investiga suspeitas de obstrução de justiça em processos envolvendo o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e de atentado à soberania nacional por sua atuação no exterior.

Com o término de sua licença na Câmara no último domingo (20), aliados do deputado têm buscado alternativas para mantê-lo no mandato, mesmo morando fora do País. Uma das apostas do grupo é emplacá-lo em uma secretaria estadual em governos aliados, como o de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina, ou de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo.

Em uma nova petição encaminhada ao Supremo, Lindbergh solicitou o impedimento das indicações para cargos comissionados estaduais.

“Pedimos que Eduardo Bolsonaro seja proibido de ser nomeado para cargo fantasma em governos aliados, manobra para bancar sua fuga e blindá-lo da Justiça”, escreveu em um post no X ao anunciar a protocolação do pedido.

Ainda segundo Lindbergh, a ação também reforçou o pedido de afastamento cautelar do deputado de seu mandato na Câmara.

“O objetivo dissimulado dessa nomeação é garantir sustentação financeira irregular, simular vínculo funcional e permitir a manutenção de sua permanência no exterior, mesmo após o encerramento de sua licença parlamentar e o bloqueio judicial de seus bens e valores”, diz a representação protocolada pelo líder do PT.

O documento também afirma que as possíveis indicações teriam por finalidade “sustentar financeiramente a atuação política e antinacional de Eduardo no exterior, com uso de recursos públicos, e em afronta direta ao interesse público e às medidas cautelares já impostas pela Suprema Corte brasileira”.

O arranjo permitiria a Eduardo permanecer licenciado da Câmara com aval da Casa, mantendo o mandato. Segundo articuladores próximos aos governadores, há uma avaliação de que pode haver disposição para a acomodação, mas as conversas ainda estão em estágio inicial.

O governador que aceitasse nomeá-lo teria que justificar ao eleitorado o pagamento de um salário de secretário a um político que reside no exterior. Com a proximidade da eleição de 2026, contudo, o cálculo muda.

Governadores de direita disputam o espólio de Jair Bolsonaro, e uma eventual ajuda a Eduardo poderia abrir caminho para o apoio do clã na sucessão presidencial. Nos bastidores, no entanto, integrantes dos governos de Ronaldo Caiado (União Brasil), em Goiás, e Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, demonstraram resistência à ideia.

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https://www.osul.com.br/pt-encaminha-ao-supremo-pedido-para-impedir-nomeacao-de-eduardo-bolsonaro-para-cargos-em-governos/ PT encaminha pedido ao Supremo para impedir nomeação de Eduardo Bolsonaro em governos estaduais ou municipais 2025-07-22
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